A 9ª edição do Festival de Fotografia Hercule Florence vai reunir exposições, atividades, workshops, palestras e oficinas durante todo o mês de outubro em Campinas. Até os ônibus da cidade, que compõem a paisagem urbana, vão participar da programação. Suas partes traseiras, chamadas de busdoor, levarão 30 imagens ampliadas da cidade clicadas por dez fotógrafos de Campinas: Dominique Torquato, Marcos Peron, Carlos Bassan, Adriano Rosa, Rogério Capela, Kamá Ribeiro, Nelson Chinália, Gui Galembeck, Martinho Caíres e Touché. A curadoria do projeto é de Ricardo Lima, organizador e idealizador do festival.
“Assim como no ano passado, o festival tem ganhado uma característica mais dinâmica, com diversas oficinas, workshops e intervenções acontecendo ao mesmo tempo e seus resultados invadindo as ruas da cidade. No chamado work in progress, os ‘oficineiros’ e seus alunos realizam um trabalho dinâmico e expõem os resultados logo em seguida”, explica Ricardo Lima.
Entre os dias 15 e 18 de outubro, o Festival toma conta da Estação Cultura com dezenas de exposições, workshops, oficinas, intervenções e palestras nos vagões, salas e plataforma do local. Um dos destaques da programação é a palestra sobre os 115 anos de fotografia cubana, feita pelo fotógrafo cubano Mario Dias que, em seguida, realizará uma série de retratos de moradores do Centro de Campinas que serão expostos nas janelas do Museu da Cidade.
Outro destaque é a oficina de colagem do projeto Giganto, de Raquel Brust, que acontece nos dias 10, 11, 12 e 18 de outubro, na Estação Cultura.
O fotógrafo brasiliense Kazuo Kubo fará um workshop sobre fotos de nu artístico. Cineastas, fotógrafos e artistas vão transformar os três vagões da Estação em máquinas fotográficas gigantes, com a técnica pinhole e as salas da Estação serão grandes salas de aula e de exibição dos resultados.
A programação é dinâmica, gratuita e extensa. Confira a grade completa, bem como as informações para as inscrições nas oficinas no SITE do Festival ou na página do facebook.
O Festival será aberto com algumas exposições: “Revele Campinas”, com 68 fotos, cuja abertura acontece nesta quinta-feira, 1º de outubro, na Estação Cultura, a partir das 19h30; a exposição “O Caminho do Corpo”, de Gustavo Olmos, que será aberta na sexta-feira, 2 de outubro, a partir das 19h, na Galeria Sede, no Cambuí, com o resgate de arquivos analógicos de 1992 e materiais atuais, cuja vertente é a poética da vida das pessoas; e a exposição “Nyota- Mulheres com Turbantes”, de Pola Fernandez , que será aberta no dia 3 de outubro, às 15h, na Casa de Cultura Fazenda Roseira, no Jardim Ipaussurama.
O Festival Hercule Florence tem como matriz a invenção isolada da fotografia no Brasil, em Campinas, feita por Hercule Florence, em 1833. O fato desencadeou na cidade atitudes fotográficas no percurso dos séculos, principalmente a partir da exposição mundial das descobertas de Hercule Florence pelo pesquisador brasileiro Boris Kossoy, em 1976. Desta cultura fotográfica, lentamente gerida, nasceram os grupos de fotografia, fotógrafos, pesquisas e exposições que fizeram parte, nas ultimas décadas, da vida da cidade, mostrando oportunidades de novos caminhos. Um capítulo recente dessa história foi o lançamento em 2007 de dois eventos simultâneos sobre fotografia, determinantes na formação do Festival Hercule Florence: a criação da Semana Hercule Florence e do Seminário Imagem e Atualidade da PUC-Campinas. Além de divulgar a fotografia, o Festival é gerador de exposições e homenagens aos promotores da fotografia. (Carta Campinas com informações de divulgação)