A Câmara dos Deputados concluiu nesta quarta-feira (9) a votação da chamada minirreforma eleitoral. Os deputados mantiveram o patrocínio de partidos políticos por empresas nas eleições.
Assim, permite que empresas façam “doação” aos partidos. Com esse dinheiro, os partidos vão financiar os deputados que votam temas de interesse dessas empresas. Para 99% das empresas e da população, a doação empresarial é um péssimo negócio.
O deputado mais votado de Campinas, Carlos Sampaio (PSDB), votou mais uma vez contra o fim da interferência do poder financeiro de empresas nas eleições. Sampaio declarou ter recebido R$ 2,8 milhões em doações na última eleição. Luiz Lauro (PSB) é outro deputado eleito por Campinas que acompanhou em praticamente todas as votações o patrocínio empresarial. Luiz Lauro declarou doações no valor de R$ 3 milhões. Roberto Alves (PRB) e Paulo Freire (PR) também votaram pelo dinheiro de empresas nas eleições. Do lado oposto, a deputada Ana Perugini (PT) votou pelo fim do financiamento empresarial. Veja como votou seu deputado.
O patrocínio de partidos políticos havia sido rejeitada pelo Senado, mas foi derrubada com o empenho do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que foi indiciado por corrupção pela Procuradoria Geral da República (PGR). Cunha fez uma campanha com R$ 6 milhões.
A matéria será enviada à sanção presidencial. A presidência da República tem prazo de 15 dias úteis para decidir pela sanção ou veto, integral ou parcial, do texto. Com esse prazo, as novas regras poderão valer já para as eleições municipais do ano que vem. (Carta Campinas/Agência Câmara)
Esse veto presidencial é um dever para com a maioria dos eleitores.