Enquanto a indústria, o comércio e as famílias passam dificuldades, um setor social faz a festa. Nos momentos de crise, quase todos perdem, menos o chamado mercado, ou melhor, o sistema financeiro.
Para os bancos, a crise é um bom negócio. Haja visto que a taxa de juros mais alta na pesquisa do Banco Central do Brasil deste mês para as pessoas físicas é a do rotativo do cartão de crédito, que subiu 8,8 pontos percentuais, chegando a 403,5%.
A taxa do cheque especial chegou a 253,2% ao ano, em agosto, com alta de 6,3 pontos percentuais, em relação a julho. Já a taxa do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) ficou estável em 27,8% ao ano.
No caso do crédito direcionado – que são os empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura -, a taxa de juros do crédito para as empresas subiu 0,4 ponto percentual, alcançando 10,6% ao ano. No caso das famílias, houve queda de 0,2 ponto percentual, com taxa em 9,8% ao ano.
A inadimplência do crédito direcionado ficou estável em 0,7% para empresas e subiu 0,1 ponto percentual para 1,9%, no caso das pessoas físicas. (Carta Campinas com informações da Agência Brasil)
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