A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) inaugurou hoje (18) na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, um estacionamento que vai gerar energia solar a ser distribuída para todo ocampus, proporcionando uma economia de R$ 40 mil por ano na conta de luz da instituição.
A iniciativa é do Fundo Verde de Desenvolvimento e Energia para a Cidade Universitária da UFRJ, programa da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado, criado por decreto governamental em 2012. É uma parceria entre o governo fluminense, a distribuidora Light e a universidade para financiar projetos de desenvolvimento sustentáve no campus universitário. Os projetos financiáveis são aprovados pelo Conselho do Fundo Verde e passam por licitação pública.
Construído em área de 651,64 metros quadrados, o estacionamento – com capacidade para 65 carros – abriga 414 painéis solares fotovoltaicos, com capacidade de geração de 140 mil kilogawatts-hora (MWh) por ano. A energia é suficiente para abastecer até 70 famílias de quatro pessoas cada, cujo consumo médio atinge 167 quilowatts-hora (KWh) por mês. A energia gerada será usada para consumo próprio da universidade. O investimento no projeto soma R$ 1,6 milhão.
Para a gerente do Escritório de Projetos do Fundo Verde, Andrea Santos, a ideia é ampliar a participação da energia solar no campus, devido ao grande consumo de energia elétrica. “Por isso, inserimos uma fonte renovável”, disse.
O orçamento do Fundo Verde, estimado em torno de R$ 7 milhões anuais, resulta da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado na conta de luz do ‘campus’, na Cidade Universitária. A energia que deixará de ser consumida representa uma economia na conta de luz da universidade em cerca de R$ 40 mil por ano. “Estaremos gerando (energia) e alimentando a rede”, afirmou a gerente do escritório.
A empresa Kyocera Solar do Brasil, de origem japonesa, fez a instalação dos painéis solares que vão evitar a emissão de cerca de 70 toneladas de gás carbônico na atmosfera a cada ano. A energia gerada será inserida na rede da Light que abastece o campus, disse o diretor do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), Edson Watanabe. Para ele, com o projeto, a UFRJ se torna “um pouquinho mais” eficiente no uso dos recursos naturais. O estacionamento está conectado à subestação do Laboratório de Ensaios Não Destrutivos, Corrosão e Soldagem da Coppe.
No momento, o Fundo Verde está analisando o segundo projeto de fonte solar, para instalação de placas utilizando a tecnologia de filmes finos de semicondutores, considerada mais leve e, por isso, adequada para ser usada em estrutura de telhados. O alvo, no caso, é o Hospital Pediátrico da Cidade Universitária. Andrea Santos informou que o edital para o projeto deve ser divulgado até a próxima semana, prevendo-se a licitação para setembro. O projeto também vai gerar energia e alimentar a rede elétrica.
O fundo ainda pode financiar projetos-piloto demonstrativos que seriam replicados em outras cidades e instituições no país, além de contribuir com a sustentabilidade da Cidade Universitária da UFRJ. (Agência Brasil/ Alana Gandra)
Deve haver um erro na reportagem. Itaipu gerou em 2014 menos de 88 milhões de MWh, então menos de 630 desses estacionamentos gerariam o mesmo que Itaipu (https://www.itaipu.gov.br/energia/geracao).
Checamos a informação na página do Coppe e é isso mesmo: 140 mil KWh.
bem vamos lá… investimento de R$ 1.600.000,00 gerando uma economia de R$ 40.000,00 por ano… perfaz um Payback (retorno de Investimento) de 40 anos…
Estes fabricantes de Sistemas de Placas Solares ainda praticam preços abusivos aqui no Brasil…
Precos abusivos ou superfaturamento por parte da universidade, voce aposta em qual?
no comentário acima do Dimas… relendo o texto concordo com a discrepância das informações… pois um Estacionamento gerar 140 mil megawats-hora ??? será?
Veja esta reportagem da ANEEL:
A capacidade instalada no Brasil em 2014 chegou a 133,9 mil megawatts (MW) provenientes de 202 Usinas Hidrelétricas, 1935 termelétricas, 228 eólicas, 2 usinas nucleares, 487 Pequenas Centrais Hidrelétricas, 497 Centrais Geradoras Hidrelétricas e 311 usinas solares. Os dados constam do relatório de fiscalização da ANEEL que apresenta a atualização do Parque Gerador do Brasil até o dia 31 de dezembro do ano passado.
A energia das hidrelétricas predomina e responde por 62,80% da capacidade instalada do país, seguida das termelétricas, com 28,25%, e das Pequenas Centrais Hidrelétricas, com 3,58%. Compõem ainda a matriz 1,49% de potência de usinas nucleares, 3,65% de eólicas, 0,23% das centrais geradoras e 0,01% de solar.
Da capacidade instalada total do País até 2014, 84 mil MW são de hidrelétricas, 4,7 mil MW são de pequenas centrais hidrelétricas (PCH), 4,8 mil MW de eólicas e 37,8 mil MW de UTES. A ANEEL estima para 2015 capacidade instalada entre 140,9 e 141,2 mil MW.
Mais informações estão disponíveis em http://www.aneel.gov.br, em Informações Técnicas, Fiscalização, Geração, Resumo Geral dos Novos Empreendimentos de Geração – Versão janeiro de 2015. (PG)
Tem razão Dimas e Rogério. A matéria dizia megawatts em certo momento, mas o correto é kilowatts. Já arrumamos.