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Hospital de Campinas poderá ser administrado por OS que levou caos a várias cidades

Organizações Sociais (OS) que levaram caos à saúde pública de outras cidades foram habilitadas pela Prefeitura de Campinas e poderão administrar o hospital Ouro Verde. O alerta foi feito vereador Pedro Tourinho (PT), que pesquisou o histórico das OSs que poderão assumir o hospital.
O parecer favorável às entidades foi publicado no Diário Oficial do dia 11 de agosto. Cinco entidades estão aptas para assumir a direção do Ouro Verde, hoje nas mãos da SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina).

O vereador lembrou que o Conselho Municipal de Saúde já deliberou e votou a favor da municipalização da unidade de saúde, porém, Jonas Donizette (PSB) optou por uma administração terceirizada, através da OS (Organização Social).

“Fui ler sobre as entidades e descobri alguns fatos que causam estranheza. A Pró-Saúde se destacou com processos em seis Estados. Destaco o rompimento de contrato com a Prefeitura de Araucária, no Paraná em julho de 2014. O Hospital Municipal ficou fechado por sete dias, e nesta época, remédios e comida não eram mais servidos aos pacientes”, afirmou.

Ele também disse que no Hospital Municipal de Cubatão, a Pró-Saúde descumpriu ordem judicial de não apresentar os gastos. Foi necessário mandado de segurança para apreender documentos. A ação foi pedida pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) que investiga pagamentos de serviço médicos não prestados; Em Foz do Iguaçu, o contrato foi rompido por ordem judicial porque foi constatado contratação irregular de funcionários.

E o currículo da Pró-Saúde não para aí. Segundo o vereador, em Tocantins, o Ministério Público pediu anulação de contratos de administração de 17 hospitais públicos do Estado por contratações irregulares de médicos e outros profissionais da saúde. Também foi condenada a R$ 400 mil por dano moral coletivo pelo TRT; No Pará, foi condenada a devolver 1,5 milhão aos cofres públicos; Em Goiás foi impedida pela Justiça de continuar gerindo hospitais, sob acusação de má-gestão, suspeita de fraudes, compra de medicamento sem licitação e contratação sem processo seletivo; No Rio Grande do Sul, ela perdeu o Cebas (Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social) por causa dos inúmeros processos.

“Outra entidade habilitada foi a USA (União Saúde Apoio). O site www.uniaosaudeapoio.org.br diz que ela fica localizada em Los Angeles, no Estados Unidos. A única referência na internet além do site, diz que ela fica em Registro, no interior de São Paulo, porém, o telefone não atende. Já no site oficial, a parte de “Quem Somos” ou “Clientes” vem escrita em uma língua que lembra o latim. O texto escrito nesta língua é utilizado normalmente em bonecos de publicações jornalistícas quanto o texto oficial ainda não está pronto. No site oficial, todos os nomes da “Equipe” são estrangeiros. Na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) não há registro da entidade União Saúde Apoio”, ressaltou

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