De 4 a 27 de agosto, acontece no Museu da Imagem e do Som (MIS), de Campinas, o Ciclo “1968 – O Cinema em Tempos de Revolução”, que exibirá um total de cinco filmes produzidos e lançados entre 1967 e 1969.
O ciclo, que tem curadoria de Nayara Gomes Lopes, ao comparar os filmes produzidos e lançados entre 1967 e 1969 com acontecimentos e fatos históricos do mesmo período, busca refletir sobre os imaginários estéticos e sociais dos anos 60, traçando também um paralelo com a atualidade, convidando o espectador a pensar a respeito desse importante papel social do cinema e da forma como ele se mantém presente nos filmes de ontem, hoje e amanhã.
“1968” foi o ano bissexto mais louco e enigmático do século XX. Tornou-se mítico porque esse ano foi o ponto de partida para uma série de transformações políticas, éticas, sexuais e comportamentais, que afetaram as sociedades da época de uma maneira irreversível. Seria o marco para os movimentos ecologistas, feministas, das organizações não-governamentais (ONGs) e dos defensores das minorias e dos direitos humanos. Dificilmente outro ano da história do cinema ou da própria história mundial permite que se faça um recorte tão interessante para se discutir as relações que a arte estabelece com o seu tempo. Alguns dos maiores diretores do cinema mundial lançavam filmes que não só definiriam suas carreiras, como também seriam decisivos para a futura trajetória da arte cinematográfica.
Veja abaixo mais detalhes da programação do ciclo que tem todas as exibições gratuitas e seguidas de debate. Mais informações no evento no facebook ou também no site do MIS. (Carta Campinas com informações de divulgação)
PROGRAMAÇÃO
04/08/2015 (19:00)
Playtime – Tempo de Diversão
Direção de Jacques Tati
Jacques Tati traz de volta o personagem Monsieur Hulot, que, com suas coreografias cômicas encantadoras, passeia pela Paris pós-moderna dos anos 60. Seu jeito inocente de observar as coisas acaba criando confusões hilárias entre os turistas que visitam a capital francesa. O filme é uma feroz crítica à arquitetura e aos costumes da pós-modernidade, porém feita com muito humor. França, 1967. Colorido, 155 min.
Mais informações AQUI06/08/2015 (19:00)
Week-end à Francesa
Direção de Jean-Luc Godard
Um casal ambicioso e inescrupuloso planeja uma viagem ao interior da França, na tentativa de conseguir uma herança. No meio do caminho, encontra estradas completamente engarrafadas, acidentes automobilísticos graves, personagens de histórias infantis e guerrilheiros. O que se segue é uma constante e complexa reflexão sobre o modo de vida burguês e os contrastes sociais sublinhados pela sociedade de classes. França, 1967. Colorido, 105 min.
Mais informações AQUI.11/08/2015 (19:00)
Beijos Proibidos
Direção de François Truffaut
Terceiro filme protagonizado pelo personagem Antoine Doinel, o alter-ego do cineasta François Truffaut. Com o fim do serviço militar, Antoine Doinel (Jean-Pierre Léaud) procura um emprego e um amor em Paris. Depois de trabalhar como atendente noturno num hotel, passa a ser um detetive particular. França, 1968. Colorido, 90 min.
Mais informações AQUI13/08/2015 (19:00)
Se
Direção de Lindsay Anderson
Em uma escola pública inglesa estuda o jovem Mick Travis (Malcolm McDowell). Ele lidera um grupo de alunos rebeldes, os Crusaders, insatisfeitos com o opressor sistema educacional. Inglaterra, 1968. Colorido, 111 min.
Mais informações AQUI27/08/2015 (19:00)
Quem Anda Cantando Nossas Mulheres
Direção de Brian De Palma
A história dos amigos novaiorquinos Jon, um diretor amador, Lloyd, um jovem com idéias confabulantes e Paul, um menino acanhado que busca o amor. Os três terão de lidar com os problemas e dilemas políticos e culturais dos anos 60. Vencedor do Urso de Prata do 19º Festival Internacional de Cinema de Berlim. Comédia. EUA, 1968, cor, 88 min., 1968, cor, 111 min.
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