O francês Jean-Luc Godard, um dos criadores do movimento Nouvelle Vague, é dos cineastas vivos com mais tempo em atividade. Conhecido pelo aspecto vanguardista de seus filmes, aos 82 anos, ele lança o intrigante “Adeus à Linguagem”, uma obra experimental que subverte a linguagem do audiovisual.
Mais do que objetos lançados aos olhos do espectador, o 3D em “Adeus à Linguagem” transcende sua história e é totalmente compatível com a proposta do filme de proporcionar uma experiência única a quem assiste. No Festival de Cannes, de onde o filme saiu com o Prêmio do Júri – empatado com o drama “Mommy”, a crítica exaltou a ousadia do longa-metragem, o primeiro da carreira de Godard filmado em 3D.
O roteiro do filme conta com apenas duas páginas, sendo uma delas um desenho. A história se concentra em um homem misterioso e uma mulher que dividem a intimidade em uma casa, onde também está um cachorro. Ela é casada, mas se nega a dar informações sobre sua vida particular. Mesclando com várias imagens abstratas, o casal debate sobre a questão da linguagem sob o ponto de vista filosófico, enquanto o cão observa a discussão.
O experimentalismo, a excentricidade e a recusa à narrativa linear são três marcas constantes na extensa e interessante filmografia de Godard desde o seu primeiro projeto, “O Acossado” (1960). Com “Adeus à Linguagem”, o desafio é intensificado. O filme tem 70 minutos de duração e terá três exibições diárias a partir desta quinta: às 18h40, 20h20 e 22h.
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