O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira(24) que a esquerda brasileira está sendo perseguida como os judeus foram perseguidos pelos nazistas e os cristãos pelos romanos, e criticou setores do país que, segundo ele, não aceitaram a vitória nas urnas da presidenta da República, Dilma Rousseff. O recado é direto para setores da oposição e de mídia que mantém linha editorial persecutória em relação ao PT.
“Quero dizer para vocês que estou cansado de mentiras e safadezas, estou cansado de agressões à primeira mulher que hoje governa esse país. Estou cansado com o tipo de perseguição e criminalização que tentam fazer à esquerda desse país. Parece os nazistas criminalizando o povo judeu e romanos criminalizando os cristãos”, disse, em discurso na posse da diretoria do Sindicato dos Bancários do ABC, em Santo André.
“Nunca tinha visto na vida pessoas que se diziam democráticas e não aceitaram uma eleição que elegeu uma mulher presidente da República”, acrescentou.
O ex-presidente lembrou de realizações de seus governos, como o ingresso de milhares de estudantes no ensino superior e a ascensão econômica de milhões de pessoas.
“Eles não suportam que um metalúrgico quase analfabeto tenha colocado mais gente na faculdade do que eles, não suportam que a gente não deixou privatizar o Banco do Brasil e comprou a Nossa Caixa e o Banco Votorantim”, disse Lula.
“Eu, sinceramente ando de saco cheio. Profundamente irritado. Pobre ir de avião começa a incomodar; fazer faculdade começa incomodar; tudo que é conquista social incomoda uma elite perversa”, acrescentou o ex-presidente.
Lula disse ainda estar otimista com o futuro do país e compreender a apreensão de parte da população com o desemprego e com a inflação, mas ressaltou que o cenário já esteve pior.
“A inflação está 9%, com perspectiva de cair. Quando eu peguei esse país, a inflação estava a 12%, o desemprego a 12 %”, declarou ele.
“Não é porque a criança está com febre que vamos enterrá-la”, concluiu Lula.(Agência Brasil; edição Carta Campinas)
kkkkkkk como se ele (“eles”) não!!!
Vivemos um momento muito parecido ao de 1964. Há no ar um ambiente provocado pela grande mídia de perseguição às pessoas que lutam por justiça inclusão social.
Ao meu ver, o mais grave, é que este discurso das elites tem encontrado eco inclusive em setores que foram beneficiados com as políticas sociais, sem falar numa classe média que nunca foi adepta da filosofia de uma sociedade mais justa sócio e economicamente.
O Brasil pode avançar mais, se houver solidariedade união do povo brasileiro. Este clima de perseguição nazista às pessoas e líderes sociais só tende a levar todos para o buraco.
Sem politica pública adequada e sustentável, infelizmente quem saiu da pobreza vai retornar a miseria recheado de dívidas.