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Maioridade penal: conservadores entregam os dedos, mas não os anéis

Redução da maioridade penal é uma das medidas mais tolas, como muitas proferidas arduamente pelos conservadores.

É tão tola que não resolve o problema duplamente.

Encarcerar um jovem de 16 anos por 3 ou 8 anos não vai trazer ninguém que foi assassinado de volta? Ou vai? É uma solução para “resolver” o problema só depois do dano concretizado.

O garoto marginalizado não vai deixar de matar porque vai ficar 3 ou 8 anos na cadeia. Imagine um jovem miserável, marginalizado, sem pai, morador de rua, faminto e drogado refletindo: “agora não vou mais matar porque ficarei 5 anos a mais na cadeia”. Der…

Isso nunca existiu. Apenas vai sair mais animalizado com mais tempo na cadeia. Provavelmente, sairá mais violento.

Você pode pensar que os conservadores são burros, mas não. Eles apenas entregam os dedos, mas não entregam os anéis.

Na realidade, a redução da maioridade penal é a melhor forma de sustentar por mais um tempo e com mais violência a desigualdade social brasileira e a falta de investimentos nas periferias e bairros pobres.

É uma forma de não resolver o debate sobre justiça social e distribuição de renda.

É também uma forma de evitar qualquer avanço social.

Logicamente, reduzindo a maioridade penal talvez não precisaremos investir muito em educação, saúde e bem estar.

Quem sabe até reduzimos os impostos, privatizamos os presídios, que se tornariam atraentes com tantos presos de futuro promissor para a lucratividade do sistema penitenciário e para a indústria bélica.

 

 

 

 

 

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