O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, informou hoje (8) que apresentará, até o fim do mês, um plano de contingência para a falta d’água no estado. O plano será aplicado em “uma situação extrema”.
No último dia 27 de maio, o Exército brasileiro ocupou as dependências da Sabesp, no bairro de Pinheiros, na zona Oeste de São Paulo. Cerca de 70 militares armados estudaram o perímetro e o interior do recinto “para uma eventual necessidade de ocupação, em caso de crise”,
Apesar de fazer o plano, o governador afirmou que espera não colocá-lo em prática. “Vai ter plano de contingência. Já está até pronto, [no] fim do mês. Mas não pretendemos utilizá-lo. Por que penalizar a população se é possível garantir o abastecimento com racionalidade? De um lado, economize, evite desperdício, você ganha bônus, um estímulo; de outro lado, [obras de] engenharia” – disse Alckmin, após acompanhar a instalação de membranas de filtragem no Sistema Guarapiranga.
O secretário de Recursos Hídricos do estado, Benedito Braga, ressaltou que o plano somente será colocado em operação em uma “situação extrema” e reforçou que no momento não há perspectiva sequer de colocar o rodízio de fornecimento de água em ação.
“Não há perspectiva, neste momento, de rodízio. Portanto, não há perspectiva de colocar o plano de contingência em funcionamento. É um plano para uma situação extrema, que vai servir para uma situação no futuro, para o Sistema Cantareira ou qualquer outro sistema que venha a ter problemas”, destacou o secretário.
O Sistema Cantareira mantém, desde sexta-feira (5), 20,2% de volume armazenado de água (incluindo o volume morto). Entretanto, os reservatórios, que abastecem cerca de 5,2 milhões de pessoas na região metropolitana de São Paulo ainda operam na reserva técnica. Para ultrapassar as cotas do volume morto e voltar ao índice positivo ainda é necessário acumular 89,1 bilhões de litros de água. (Agência Brasil/ Carta Campinas)