Senado deve votar fim da ‘corrupção legalizada’ nas eleições em duas semanas

ag senadoO presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) afirmou, após reunião de líderes realizada durante esta semana, que colocará em votação o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais em duas semanas. Atualmente o processo eleitoral é totalmente corrompido por ‘doações’ milhonárias de empresas, conhecidas como ‘corrupção legalizada’.
O Projeto de Lei do Senado (PLS) 268/2011, do ex-senador José Sarney, faz parte de um conjunto de matérias relacionadas à reforma política selecionadas pelo presidente Renan e pelas lideranças partidárias. “Há uma exigência muito grande da sociedade e é fundamental que o Senado delibere sobre isso”, Calheiros.

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Nesta quinta-feira (7), a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), afirmou que não adianta mudar o sistema político-eleitoral brasileiro se for mantido o atual esquema de financiamento de campanhas, com as “doações’ de empresas privadas. A senadora, pediu em plenário, que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), viabilize a conclusão do julgamento da ação direta de inconstitucionalidade (Adin) proposta pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que questiona a doação de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais.

Como lembrou a parlamentar, essa ação está há 400 dias com Gilmar Mendes, que pediu vista do processo quando a ação contava com seis votos favoráveis dos 11 ministros do Supremo. Vanessa afirmou que a demora do ministro em devolver a ação e permitir a conclusão do julgamento levou os internautas a criarem a hashtag #devolvegilmar, que se espalhou na internet. Além disso, ainda de acordo com a senadora, foram criados um abaixo-assinado e um evento no Facebook e até um cronômetro, que contabiliza em quantos dias ele “está atrasando o andamento da Adin”.

O presidente lembrou que o Senado já aprovou outros projetos de reforma política. Ele destacou a proibição de coligações nas eleições proporcionais (PEC 40/2011), aprovada em março, e acrescentou que na sequência do projeto sobre financiamento de campanha outros temas da reforma política serão pautados.

O líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), porém, tentou adiar a votação, alegando, vejam só, que pode “não ser produtivo” o Senado discutir propostas enquanto a Câmara dos Deputados tem uma comissão específica para a reforma política. (Com informações da Agência Senado)


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