Os deputados da região de Campinas Carlos Sampaio (PSDB) e Luiz Lauro (PSB), que gastaram juntos a quantia R$ 5,7 milhões para se elegerem no final do ano passado, votaram a favor da proposta de incluir na Constituição o financiamento eleitoral de empresas, principal foco de corrupção investigado na operação Lava Jato e outros escândalos envolvendo políticos.
Outro que votou a favor foi Vanderli Macris, também do PSDB.
Os deputados Ana Perugini (PT), Roberto Alves (PRB) e Paulo Freire (PR) votaram não.
Dados da organização intergovernamental Idea, que hoje tem status de observadora na ONU, mostra que 39 países proíbem doações de empresas para candidatos, como México, Canadá, Paraguai, Peru, Colômbia, Costa Rica, Portugal, França, Polônia, Ucrânia e Egito.
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A proposta, defendida arduamente pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu 264 votos favoráveis e 207 contrários, mas foi rejeitada porque mudanças na Constituição precisam de, pelo menos, 308 votos a favor.
Pouco antes, os deputados também rejeitaram todos os modelos propostos de alteração no sistema de eleição de deputados e vereadores, inclusive o distritão. Neste caso, os deputados de Campinas votaram não de forma unânime.
As votações fazem parte da proposta de emenda à Constituição da reforma política (PEC 182/07), cuja discussão será retomada ao meio-dia desta quarta-feira.
Votação dos Deputados da Região de Campinas sobre a proposta de constitucionalizar o financiamento de empresas
Carlos Sampaio (PSDB) – Sim
Luiz Lauro Filho (PSB) – Sim
Ana Perugini (PT) – Não
Roberto Alves (PRB) – Não
Paulo Freire (PR) – Não
Vanderlei Macris (PSDB) – Sim
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