Os números, divulgados hoje (28) pelo Ministério da Saúde, representam uma queda de 30,7% no total de fumantes no país nos últimos nove anos.
Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014 indicam que 10,8% dos brasileiros mantêm o hábito de fumar. O índice é maior entre os homens – 12,8% contra 9% entre as mulheres.
A redução acontece sem o uso da força policial e sem a quantidade de homicídios que acontecem na guerra às drogas ilícitas. Ironicamente, o consumo de drogas criminalizadas e combatidas com força policial, como maconha, cocaína e outras, só aumentou nos últimos anos, apesar do aumento significativo de recursos consumidos pela polícia no combate às drogas ilícitas.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avaliou como expressiva a redução de 30% no número de fumantes nos últimos nove anos. “Há 20 anos, mais de um terço da população adulta no Brasil fazia uso do tabaco. Tivemos uma expressiva resposta do Brasil”, disse. “Não se trata de coibir a liberdade, mas de ter uma política pública”, completou.
Ainda de acordo com o estudo, o consumo de cigarros no Brasil é maior na faixa entre 45 anos e 54 anos de idade (13,2%) e menor entre jovens com idade entre 18 anos e 24 anos (7,8%).
Os homens fumam mais nas cidades de Porto Alegre (17,9%), Belo Horizonte (16,2%) e Cuiabá (15,6%) e as mulheres, em Porto Alegre (15,1%), São Paulo (13%) e Curitiba (15,6%). O tabagismo é menos frequente em Fortaleza (8,6%), Salvador (9%) e São Luís (9,3%) entre os homens e em São Luís (2,5%), Palmas (3%) e Teresina (3,1%) entre as mulheres.
A pesquisa mostra também que 21,2% dos brasileiros se declaram ex-fumantes, sendo 25,6% dos homens e 17,5% das mulheres.
Dados inéditos do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que o consumo de cigarro ilegal cresceu de 2,4% em 2008 para 3,7% em 2013.
A pasta alerta que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes todos os anos no Brasil – 25% delas por angina e infarto do miocárdio, 45% por infarto agudo do miocárdio (abaixo de 65 anos) e 85% das mortes por bronquite e enfisema pulmonar.
O hábito também responde por 90% dos casos de câncer de pulmão no país, sendo que, entre o restante, um terço é fumante passivo. Esse tipo de tumor é considerado o mais letal e umas das principais causas de morte no Brasil.
A estimativa do governo é que 27.330 novos casos de câncer de pulmão sejam registrados no país este ano.
imagine outro cenário, imagine se o governo decidisse acabar com o cigarro do mesmo jeito que está querendo acabar com as drogas, proibindo a venda e o consumo, com certeza aconteceria o que aconteceu com a lei seca dos EUA que fez nascer traficantes de bebidas alcoólicas. imagine se até hoje essa lei fosse válida, proibindo o consumo e venda de cigarros, com certeza haveria vários traficantes de cigarros e muita violência e bala perdida. por isso que eu não acredito que a proibição das drogas vai resolver alguma coisa, só vai apenas fazer o estado jogar dinheiro fora no combate às mesmas, dinheiro que daria para melhorar a educação, segurança e renda, fazendo com que muitos jovens deixassem de entrar no mundo crime e com que a polícia tivesse mais investimento para combater outros tipos de crime, além dos programas sociais e centros de reabilitação para reduzir verdadeiramente o consumo. o melhor combate seria a legalização e centros de reabilitação, muitos inocentes deixariam de morrer por bala perdida, seja em confronto com a polícia, seja em confronto entre os próprios traficantes.