Os deputados eleitos na região de Campinas, Roberto Alves (PRB) e Paulo Freire (PR) mudaram de posição sobre financiamento de campanha eleitoral em apenas um dia. Ontem, eles votaram pela não para a interferência de empresas nas eleições, mas hoje, após uma manobra do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), votaram sim.
Cunha desrespeitou acordo de bancada, a matéria foi novamente a votação e aprovada com a ajuda dos deputados da região. Agora financiamento de empresas, conhecida como corrupção legalizada, fará parte da Constituição.
Carlos Sampaio, Vandelei Marcris, ambos do PSDB, e Luiz Lauro Filho (PSB) também votaram pelo financiamento das empresas nas eleições.
A única deputada que votou não da Região de Campinas foi Ana Perugini (PT).
Dados da organização intergovernamental Idea, que hoje tem status de observadora na ONU, mostra que 39 países proíbem doações de empresas para candidatos, como México, Canadá, Paraguai, Peru, Colômbia, Costa Rica, Portugal, França, Polônia, Ucrânia e Egito.
Na votação, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou, por 330 votos a 141 e 1 abstenção, a emenda do deputado Celso Russomanno (PRB-SP) à proposta da reforma política (PEC 182/07) que prevê o financiamento privado de campanhas com doações de pessoas físicas e jurídicas para os partidos políticos e com doações de pessoas físicas para candidatos.
Os limites máximos de arrecadação e os gastos de recursos para cada cargo eletivo deverão ser definidos em lei.