Por Bruno Marques
Uma pesquisa feita pela Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) comprovou que muitos produtos que se intitulam light ou diet podem prejudicar a saúde do consumidor.
Para Ana Paula Bortoletto Martins, que é especialista no assunto de nutrição, um dos maiores problemas é o fato das embalagens passarem a imagem da que os produtos são “leves” e com poucas substancias maléficas a saúde. “Muitos produtos possuem quantidade de adoçante muito próxima do limite máximo de consumo, principalmente para crianças. Por exemplo: uma criança de 30 kg pode consumir no máximo dois copos de 200 ml de refrigerante para atingir o limite máximo de consumo do dia de ciclamato de sódio”, disse Ana Paula em entrevista ao IHU On-line.
Outro fator que pode causar certa confusão entre os consumidores são os rótulos que são apenas estratégias de marketing para causar essa “ilusão” sobre os produtos. “Essa é a grande questão, ser light não quer dizer que o alimento como um todo é mais saudável, mas sim que ele tem alguma alteração em algum nutriente específico”, diz.
Zero ou diet é o alimento que não contem algum nutriente, que no caso das bebidas, o açúcar é substituído totalmente por adoçante. Novamente a confusão é a mesma, um produto zero açúcar pode ter calorias de outras fontes, ou ter mais sódio que a versão tradicional.
Em muitos países esses produtos que fazem mal à saúde são proibidos, mas no Brasil isso não acontece e a principal causa disso é o fato de não haver pesquisas o suficiente no pais. “A ausência de estudos realizados no Brasil é um grande problema, que faz com que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dependa de estudos realizados em países com características muito diferentes da população brasileira. Além disso, os estudos científicos utilizados na tomada da decisão nem sempre são isentos de conflitos de interesse, pois podem ser financiados pelas próprias indústrias que querem usar a substância”, afirma Ana Paula. (Com informações do IHU On-Line)
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