Diz a lenda que, em 1888, na Fazenda Santa Genebra, propriedade do Barão Geraldo de Rezende, um escravo, chamado Toninho, foi obrigado a buscar um boi para levar ao pasto. Era Sexta-feira Santa e o boi, irredutível, desatou a falar “Hoje é dia santo, é dia do Senhor, não é dia de trabalho”. O escravo saiu correndo e gritando: “O boi falô, o boi falô!”.
Foi a partir desta lenda que surgiu a tradicional Festa do Boi Falô que, neste ano, completa 20 anos. A Festa é realizada em toda Sexta-feira Santa, em Barão Geraldo, pelos próprios moradores do distrito.
Além das homenagens ao boi, o ponto alto da festa é distribuição, gratuita, de macarronada com molho de tomate. O alimento é abençoado por um padre, no local, antes de ser servido e os ingredientes são doados pela população.
De acordo com Moacir Gobbo, um dos organizadores, foram recebidos este ano uma tonelada de macarrão, cinco quilos de anchova, ingredientes para a preparação de 400 quilos de molho de tomate, 800 litros de refrigerante e 25 quilos de queijo parmesão ralado.
Além da macarronada, o foco é a celebração da lenda do Boi Falô, com atividades artísticas e apresentações musicais que contam a história do boi que um dia falou.
A festa começa às 9h desta sexta-feira, 3 de abril, na Escola Estadual “Barão Geraldo de Rezende” – Rua Jerônimo Páttaro, s/n, Centro. (Carta Campinas com informações de divulgação)
Festa do Boi Falô
Data: 3 de abril, sexta-feira
Horário: 9h às 14h
Local: Escola Estadual Barão Geraldo de Rezende – Rua Jerônimo Páttaro s/n, Centro de Barão Geraldo.
Caros. Sou historiador e pesquisador da História de Barão Geraldo desde 1990 quando comecei o projeto entrevistando somente os mais antigos moradores filhos dos fundadores, para o Centro de Memória. SOlicito que voces publiquem minha versão.
Todas as reportagens que tratam do Boi Falo não estão RESPEITANDO a historia que era contada em Barão pelo menos !
Tanto a Prefeitura de Campinas como jornais como Correio popular e sites reproduz-se uma versão da lenda que não é a que os baronenses contavam (e nem poderia ser) e por isso não é a mais correta ! Trata-se de uma versão NOVA , contada por pessoas que não viviam aqui!Eu coletei varias versões da lenda do Boi contada por antigos moradores como NIcola Pacci, JUlia ANtunes, Olintho Leonardi, Amyr Moda, ANtonio Ferrari, Humberto Barbieri e NENHUMA DELAS ME FALOU DE ESCRAVO! Sempre se falava que um trabalhador foi pegar o boi que ficou no pasto a mando do capataz. Todos sempre falaram do lugar onde ocorreu no “Capão do Boi” . Mas ate isso porque ninguem fala???
Essa versão nova eu só encontrei DEPOIS que o Atilio Vicentin e o Gilberto Antoniolli resolveram criar a Festa do Boi com macarronada em 1986!
Outra questão é que É IMPOSSÍIVEL que esse trabalhador ou escravo fosse o Toninho que foi enterrado junto da sepultura do Barão! Pois quando Geraldo foi assumir a fazenda em 1876, sua mãe o recomendou que procurasse o escravo Toninho QUE TOMAVA CONTA DA FAZENDA! Ou seja ele JA ERA CAPATAZ! E foi um dos primeiros a receber alforria. Toninho tinha liderança entre os escravos. Mas sua fama de benzedor começou APÓS sua morte por volta de 1910, quando as familias de negros – e brancos – iam ao seu tumulo rezar e fazer pedidos …
Portanto é uma irresponsabilidade da Prefeitura continuar divulgando essa historia que não se tem base real ou de comprovação e que acaba criando preconceitos, desprezos e esquecimentos que acabam por se tornar uma violência , – o desprezo – contra a historia do povo baronense!