O Espaço Cultural Casa do Lago, na Unicamp, exibirá nessa semana, nos dias 30 e 31 de março, como parte da sua programação de cinema semanal gratuita, alguns filmes da 9ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul.
Na segunda-feira, 30, será exibido o filme “Sophia”, de Kennel Rogis. Na busca por entender melhor o universo de Sophia, Joana, mãe dedicada, passa por belíssimas experiências sensoriais. Uma singela história de amor cercada de poesia visual e sonora. Sophia é um retrato sensorial de uma criança com deficiência auditiva. Ao retratar a busca da mãe de Sophia para entender o mundo sem sons da filha, somos levados a participar de uma experiência fílmica que busca representar, por meio de um trabalho de som minucioso, como é o mundo para aqueles que não conseguem perceber seus sons e ruídos. Filmado na cidade de Coremas, na Paraíba, o curta nos convoca a percebermos a vida por uma nova perspectiva, no lugar do outro.
“A vizinhança do Tigre”, documentário de Affonso Uchoa, também será exibido na segunda-feira. Juninho, Menor, Neguinho, Adilson e Eldo são jovens moradores do bairro Nacional, periferia de Contagem (MG). Divididos entre o trabalho e a diversão, o crime e a esperança, cada um deles terá de encontrar modos de superar as dificuldades e domar o tigre que carregam dentro das veias. Em um processo intenso de quase cinco anos de filmagem, o filme acompanha a vida dos jovens e suas relações com o bairro, o trabalho e a violência.
Ambos os filmes serão exibidos às 16h e às 19h.
Na terça-feira, 31, as exibições de filmes da Mostra continuam com “Que Bom te Ver Viva”, documentário de Lucia Murat. Duas décadas depois, oito ex-presas políticas falam sobre a luta e a tortura vividas durante o regime militar brasileiro e a experiência de ter sobrevivido. Entre os depoimentos, delírios e confissões de uma personagem anônima, que reflete sobre o peso de ter sobrevivido lúcida às torturas. A partir de um procedimento cinematográfico que mistura documentário e ficção, o filme apresenta o depoimento de nove mulheres, sendo o último fortemente autobiográfico, representado pela atriz Irene Ravache que encarna a própria diretora, vítima da repressão. Este filme, além de fundamental ainda hoje por colocar em pauta a questão da história recente do país, é também definitivo por ter sido realizado por uma mulher, para as mulheres, com as mulheres. Num contexto onde as mulheres são frequentemente invisibilizadas, o filme apresenta as mulheres como sujeitos históricos e políticos, fundamentais na luta pelos seus direitos.
O filme terá sessões às 16h e às 19h.
No dia 1ª de abril, quarta-feira, a exibição será do filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, por ocasião do feriado de Páscoa. O filme traz as últimas 12 horas da vida de Jesus de Nazaré (James Caviezel). No meio da noite, Jesus é traído por Judas (Luca Lionello) e é preso por soldados no Monte das Oliveiras, sob o comando de religiosos hebreus, que eram liderados por Caifás (Matti Sbraglia). Após ser severamente espancado pelos seus captores, Jesus é entregue para o governador romano na Judéia, Poncio Pilatos (Hristo Shopov), pois só ele poderia ordenar a pena de morte para Jesus. Pilatos não entende o que aquele homem possa ter feito de tão horrível para os hebreus pedirem a pena máxima. Pilatos tenta passar a decisão para Herodes (Luca de Domenicis), governador da Galiléia. Herodes também não encontra nada que incrimine Jesus e o assunto volta para Pilatos, que vai perdendo o controle da situação enquanto boa parte da população pede que Jesus seja crucificado. Tentando acalmar o povo e a província, que detesta, Pilatos vai cedendo sob os olhares incriminadores de Claudia (Claudia Gerini), sua mulher, que considera Jesus um santo.
O filme será exibido às 11h em sessão única. Todas as exibições são gratuitas. Na quinta e na sexta-feira não haverá sessões no espaço. (Carta Campinas com informações de divulgação)