Uma rede social criada em sistema colaborativo, iniciada por quatro estudantes norte-americanos, é uma alternativa para quem não quer que seus dados e informações pessoais sejam usados e vendidos para empresas, além de espionados, como acontece no Facebook.
No Brasil a rede social é a Diáspora Brasil, que já conta com cerca de 30 mil membros no Brasil, inclusive com o Carta Campinas.
Mas como é possível garantir a privacidade?
Segundo os mantenedores da Diáspora, a resposta é separar o serviço em milhares de servidores que se comunicam através de um mesmo protocolo encriptado, com nível de autonomia ao gosto do usuário. “A segurança só pode ser garantida pelo código livre e pela possibilidade de qualquer pessoa, empresa ou organização de instalar seu próprio servidor e fazer parte da grande rede. Essa autonomia é a mesma que permite anonimato real na rede, além de total privacidade, pois com o servidor sob seus cuidados, ninguém poderá xeretar seus dados. Além disso não há como limitar a quantidade de pessoas para as quais sua mensagem será enviada. Então você pode escolher um servidor já existente, baseando-se na proximidade geográfica, na indicação de um amigo ou porque lhe agrada a cara do formulário de registro”.
Mas a rede Diáspora não está fechada. Outro ponto forte é sua capacidade de interação com outras redes sociais como Twitter e Facebook. Pode-se enviar mensagens em todas as direções. Por exemplo, pode-se replicar mensagens do Diáspora para o Twitter e Facebook. Isso é muito útil quando se deseja centralizar o envio de mensagens.
Anahuac de Paula Gil, de 41 anos, criou em João Pessoa, na Paraíba, o primeiro servidor brasileiro do Diaspora, popular por ser descentralizada, ou seja, por não depender de uma instituição que gerencie, sozinha, todos seus usuários.
“Este é uma iniciativa voluntária e humanista“, disse em uma entrevista Junio Rodrigues, diretor da RGV, empresa que patrocina o servidor que hospeda o serviço. Seguindo uma linha de financiamento muito popular nos países desenvolvidos, a rede Diáspora se mantém de doações e patrocínios.
“As pessoas tem sido levadas a crer que serviços online são gratuitos, mas nada é de graça. Se você não paga pelo serviço, então você é o produto“, comenta Anahuac Gil. Entretanto a rede social é gratuita e deverá se manter assim enquanto tiver parceiros e apoiadores dispostos a pagar a conta.
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