As quatro primeiras linhas de ônibus com tarifa zero começaram a circular nesta quinta-feira (18) em Maricá, o terceiro município do estado do Rio de Janeiro a oferecer transporte público sem a cobrança de passagens. Inicialmente, o serviço terá dez veículos e ligará os bairros de Recanto e Ponta Negra, nas extremidades do município.
Os ônibus circularão com intervalos de 20 minutos entre as 5h e as 22h, e de hora em hora durante a madrugada. No itinerário, estão paradas no fórum da cidade, em unidades de saúde e na prefeitura.
O prefeito Washington Quaquá (PT) afirma que o serviço custará R$ 700 mil por mês à prefeitura e, depois que for complementado pelas vans, R$ 1,3 milhão. Ele acrescenta que só a prefeitura vai economizar R$ 400 mil em vale-transporte dos funcionários e que as empresas da cidade também vão se beneficiar disso.
O projeto prevê a criação de câmaras populares para avaliar a qualidade do serviço, além de avaliações periódicas de desempenho. Para prestar o serviço, o município criou uma autarquia, a Empresa Pública de Transportes, e contratou 30 motoristas de ônibus por meio de concurso público, em caráter temporário, por 12 meses. Somando outros profissionais, a autarquia tem 45 funcionários. De acordo com a prefeitura, foram investidos R$ 4,8 milhões.
Os ônibus são equipados com ar-condicionado, acesso para cadeirantes por elevadores e internet sem fio. O itinerário e as paradas são informados por meio de aviso em áudio e telões, para portadores de necessidades especiais. O sistema começou em Silva Jardim em fevereiro de 2014 e é usado por 2 mil pessoas por dia. Na cidade de Porto Real, no sul do estado, a tarifa zero existe desde 2008 e custa R$ 200 mil por mês à prefeitura, o que equivale a 2% da receita municipal. Oito ônibus transportam diariamente 5 mil pessoas.
Com quase 150 mil habitantes, Maricá vai ser a maior cidade do estado do Rio a ter transporte com tarifa zero. Segundo a comerciante Margareth Xavier, de Silva Jardim, a medida agradou aos moradores da cidade e fez diferença também para o comércio: “Clientes de bairros mais distantes passaram a comprar na minha loja. Os moradores dos distritos agora vêm mais para a cidade”, disse ela.
As linhas que existem atualmente, da Viação Nossa Senhora do Amparo, não serão extintas, mas a intenção da prefeitura é criar um sistema de transporte independente delas. “Esse é o corredor principal da cidade e a ligará de ponta a ponta, atendendo a 70% da população. Uma pessoa que sai do Distrito de Itaipuaçu, por exemplo, teria que pegar três ônibus para chegar em algumas partes da cidade, pagando R$ 2,70 em cada um”, diz o prefeito Washington Quaquá, que pretende contratar vans até o fim de 2015 para alimentar esse corredor principal.
Quaquá criticou a qualidade do serviço da empresa de ônibus privada que atua há 40 anos em Maricá, e disse que a prefeitura pretende entrar na Justiça para cobrar melhorias. “Eles não cumprem o contrato. Os ônibus são horrorosos”. A Agência Brasil não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Viação Nossa Senhora do Amparo, e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro não se pronunciou sobre o assunto. (Agência Brasil/Edição Carta Campinas)
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