Nesta semana, de 1 a 4 de dezembro, o Espaço Cultural Casa do Lago, na Unicamp, realiza uma Semana de Documentários sobre agricultura e produtos tóxicos com exibição de diversas produções que abordam o tema.
A semana começa com O Mundo Segundo a Monsanto – (LE MONDE SELON MONSANTO), de Marie-Monique Robin. Documentário que aborda a maneira como uma grande empresa consegue enganar a população mundial, através da mídia e da corrupção dos governos, inserindo seus produtos tóxicos no mercado alimentício, colocando a saúde de milhões de pessoas em risco, contaminando o meio-ambiente, provocando a migração do campo para a cidade, concentrando muito poder na mãos de poucos.(1h48min)
Na terça-feira, 2, a exibição será de O Veneno está na mesa I, de Silvio Tendler. O documentário O veneno está na mesa, aborda de forma clara e objetiva um assunto que deveria ser de conhecimento de toda a população mundial. Trata dos modos como a chamada Revolução Verde do período pós-guerra eliminou quase totalmente os traços da agriculturatradicional. E em seu lugar, implantou um modelo de agricultura que ameaça a fertilidade do solo, os mananciais de água e a biodiversidade, contaminando pessoas e o ar. Nós, brasileiros, somos as principais vítimas dessa triste realidade, já que nosso país é, em todo o mundo, o que mais consome os venenos: são 5,2 litros/ano por habitante. E o que é ainda pior, muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos está proibido em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública. (50 min)
Na quarta-feira, 3, será exibido O Veneno está na mesa II. Após impactar o Brasil mostrando as perversas consequências do uso de agrotóxicos em O Veneno está na Mesa, o diretor Sílvio Tendler apresenta no segundo filme uma nova perspectiva. O Veneno Está Na Mesa 2 atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. O filme apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores. Com este documentário, vem a certeza de que o país precisar tomar um posicionamento diante do dilema que se apresenta: Em qual mundo queremos viver? O mundo envenenado do agronegócio ou da liberdade e da diversidade agroecológica?
O documentário Agricultura tamanho família, também de Silvio Tendler, será exibido na quinta-feira, 4. Em nosso país, dos quase 5 milhões de estabelecimentos rurais, 4,5 milhões utilizam estratégias de produção que respeitam o meio ambiente e produzem a maior parte do alimento que chega à mesa dos brasileiros. O filme mostra as diversas formas de agricultura familiar e o quanto ela cria e impulsiona a cultura, a produção, as relações sociais e os afetos no interior brasileiro. Agricultura familiar é a afirmação da vida no campo. Agricultura Tamanho Família revela que o agronegócio não é a única modalidade de produção existente no campo, nem é o mais importante para o abastecimento interno e a garantia da segurança e soberania alimentar do povo brasileiro. (56 min)
As exibições acontecem às 16h e às 19h, somente na quarta-feira, 3, a exibição será somente às 17h30 seguida de debate sobre o uso de agrotóxicos na agricultura considerando que o Brasil é desde 2008 o país que mais consome agrotóxico no mundo. Convidados para o debate: Prof. Herling Alonzo da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) e Prof. Enrique Ortega da Faculdade de Engenharia de Alimentos/Laboratório de Engenharia Ecológica e Informática Aplicada (LEIA).
As exibições são gratuitas e abertas ao público em geral. (Carta Campinas com informações de divulgação)