Uma comissão de vereadores foi às ruas para verificar as condições dos ônibus circulares de Campinas e descobriram o que é evidente e cotidiano para quem usa o transporte público. Os ônibus estão superlotados e não respeitam os horários estabelecidos pela Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas).
A ação dos vereadores é uma novidade porque normalmente as autoridades públicas só frequentam ônibus vazios e novos, durante a entrega. Ou quando estão em campanha eleitoral. (Veja foto de Jonas Donizette (PSB) na chegada de ônibus novos)
Os atrasos constantes no cumprimento dos horários foi a principal reclamação ouvida pelos vereadores da Comissão de Estudos instalada na Câmara Municipal para avaliar a pontualidade e itinerários de ônibus durante uma diligência nesta sexta-feira (10/10) na região sul da cidade. Com o começo da ação às sete horas, os parlamentares estiveram em pontos finais e no trajeto de diversas linhas. Em todos locais, usuários reclamaram da inconstância entre o que a Emdec determina nas suas planilhas de funcionamento do sistema e a realidade das ruas.
Como resultado, pessoas que ficam muitas vezes bem além do tempo necessário para conseguir pegar um ônibus e chegar ao seu destino final.
“Pudemos detectar neste primeiro dia de diligências, que há falhas no horário, veículo lotados, problema de atendimento a cadeirante e idosos. Por isso vamos fiscalizar as quatro regiões de Campinas e elaborar um relatório para a Emdec. Depois, a cobrança será feita às empresas e cooperativas para que haja regularização. O sistema é uma concessão e há regras a serem seguidas. A Emdec tem 70 fiscais para fazer tudo funcionar”, afirmou o vereador Tico Costa (SD), presidente da comissão de estudos, que esteve na fiscalização.
Outro problema constante nas reclamações é a lotação dos ônibus. “Os ônibus são uma sardinha em lata em determinados momentos. Além disso, não tem sequer horário certo. Muitas vezes eu já vi até motorista brigando entre eles para ver quem leva mais ou menos passageiros. E cortar itinerário, quando atrasa, é normal”, afirmou Maria Aparecida Pavanesco, moradora do Jardim Anton von Zuben. (Carta Campinas com informações de divulgação)