Além de votar em candidatos para cinco cargos eletivos – presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual – os eleitores de Campinas participam de um plebiscito neste domingo (5). Após a votação normal, eles vão decidir se serão criados de dois distritos na cidade.
Serão feitas duas perguntas ao eleitor: “Você é a favor da criação do Distrito de Ouro Verde?” e “Você é a favor da criação do Distrito de Campo Grande?”. Para a opção “sim”, o eleitor deve digitar 60 na urna. Para o “não”, marcará 30. As duas localidades que podem se tornar distritos abrangem mais de 200 bairros, onde vivem cerca de 430 mil pessoas, quase 40% da população de Campinas, estimada em 1,15 milhão de habitantes.
Segundo a chefe do Cartório Eleitoral da 33ª Zona de Campinas, Cláudia Sperb, a consulta é importante porque a implantação dos novos distritos terá impacto no orçamento da cidade. “É uma decisão que envolve recursos do município. Quando se criam dois distritos, criam-se subprefeituras. E essa criação demanda custo. Isso tem que ser analisado por toda a população.”
De acordo com Cláudia, a decisão de fazer o plebiscito junto com as eleições é uma forma de racionalizar os recursos. “Uma eleição desse porte não poderia ser feita sozinha. Ela tem que ser feita junto com as eleições gerais ou municipais”, destacou a chefe do cartório, ao ressaltar a economia obtida com a unificação dos pleitos.
Com a convocação do plebiscito pela Câmara Municipal, as partes interessadas passam a ter direitos semelhantes aos do participantes de campanhas para cargos eletivos. Para defender a criação dos distritos, foi criada a Frente Única em Favor dos Distritos de Ouro Verde e de Campo Grande.
“A partir do momento em que constituímos essa frente, participamos da campanha eleitoral propriamente dita. Então, somos regidos pela legislação eleitoral e, assim, podemos arrecadar recursos para fazer a divulgação”, disse um dos membros da frente, o vereador Rafael Zimbaldi (PP). Segundo o vereador, a ideia da criação dos distritos surgiu em 2009. “A ideia veio de líderes comunitários, presidentes de bairros e líderes religiosos dessas regiões”, explicou Zimbaldi. De acordo com ele, não existe oposição organizada ao projeto.
O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE) também divulgou material explicativo sobre o plebiscito, fazendo propaganda nos meios de comunicação e enviando correspondência aos 800 mil eleitores campineiros. (Agência Brasil)