Uma pesquisa realizada pela cientista de alimentos Juliana Bueno da Silva, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA), da Unicamp, conseguiu elaborar um açúcar com baixo teor calórico, que não provoca cárie e é benéfico para o intestino. A pesquisa fez parte da tese de doutorado.
Além dos benefícios já elencados, o açúcar melhora a absorvição de vitaminas do complexo B, diminuição dos microrganismos patogênicos da flora e ação com propriedades anticâncer.
Apesar de esse tipo de açúcar, conhecido como frutooligossacarídeo (FOS) já existir, a pesquisa desenvolveu um processo, chamado biotransformação, que é mais rápido e permite a produção direta do açúcar, eliminando a etapa da produção, separação e purificação das enzimas. E, mais importante, pode ser produzido em grande quantidade.
Ao contrário dos processos convencionais, a biotransformação é feita em uma única etapa. A pesquisa de Juliana consistiu em utilizar um microrganismo íntegro diretamente em soluções com altas concentrações de sacarose. “A levedura utilizada no estudo permitiu que as etapas de produção e purificação da enzima fossem eliminadas, isso foi o nosso diferencial. Entre as vantagens estão o tempo de produção e, consequentemente, a possibilidade de se obter o FOS em larga escala. É um processo que poderia ser facilmente reprodutível em usinas de cana-de-açúcar, por exemplo”, disse Juliana Bueno em reportagem do site da Unicamp. (Carta Campinas com informações de divulgação)