plebiscito popularOrganizações da sociedade civil começam nesta segunda-feira, 1º de setembro uma consulta à população sobre a importância da Reforma Política no país. Elas farão a votação no plebiscito pela Constituinte Exclusiva do Sistema Político. Cerca de 250 organizações, entre sindicatos, igrejas, entidades estudantis e partidos políticos, e mais de 1.500 comitês participam da mobilização.

As urnas para votação estarão em igrejas, nas sedes de comunidades e sindicatos, em terminais de ônibus, entre outros. Qualquer pessoa com idade superior a 16 anos pode participar desde que apresente documento com foto. É possível também votar pela internet, no seguinte endereço eletrônico: www.plebiscitoconstituinte.org.br. O período de votação vai até o dia 7 de setembro.

Integrante do Comitê Nacional do Plebiscito, o deputado Renato Simões (PT/SP) ressalta a importância de a população participar de forma expressiva da consulta. “Desde a Constituição de 1988 o Congresso Nacional não fez nenhuma alteração importante. Não se autoreformou nem reformou as instituições”, diz.

Segundo o deputado, com a participação popular massiva nesta consulta será possível pressionar o Congresso para a realização de um plebiscito oficial pela Justiça Eleitoral. “O plebiscito é um processo pedagógico para a formatação de uma nova consciência sobre a necessidade da Reforma Política”, pondera o deputado.

O deputado Renato Simões (PT) lembra que o sistema político atual favorece as campanhas milionárias, estimula a falta de representatividade de mulheres, negros e negras, de sem-terra, de índios e de trabalhadores em geral, entre outros. “A reforma é urgente também porque a política no país chegou a um patamar de desmoralização que compromete o projeto democrático”, avalia.

Na consulta popular que começou nesta segunda-feira, a população escolherá as alternativas sim ou não para a instalação de uma Constituinte que se ocupe exclusivamente das alterações no modelo político atual. Desta forma poderão ser efetuadas mudanças em aspectos como por exemplo, o financiamento privado das campanhas, o voto nominal, entre outros.