O PIB foi mal, mas as famílias brasileiras vão bem. O PIB (Produto Interno Bruto- soma de todas as riquezas produzidas no país) teve queda de 0,6 no trimestre. Mas o consumo das famílias brasileiras cresceu, ainda que em ritmo mais lento, no segundo trimestre deste ano. Os dados foram divulgado hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam crescimento de 1,2%, o 43º avanço consecutivo.
A alta em relação ao ano anterior é a menor desde o primeiro trimestre de 2004, quando o total consumido pelas famílias subiu 0,7%. Nos últimos três trimestres, o consumo havia subido 2,2%, 2,5% e 2,4% na comparação com os mesmos períodos de anos anteriores.
Já na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o indicador subiu 0,3%, resultado melhor que os -0,2% registrados no início deste ano na comparação com o fim do ano anterior. Os dois últimos trimestres de 2013, no entanto, foram períodos em que o crescimento chegou a 0,8% nessa base de comparação.
Segundo os dados divulgados hoje, as famílias representam a maior parcela do PIB, com R$ 799,4 bilhões. No conjunto dos bens e serviços produzidos em todo o ano de 2013, o consumo das famílias somou R$ 3,033 trilhões.
“Continuamos com crescimento do poder de compra das famílias, com aumento de emprego e com aumento de salários reais. Por outro lado, o crédito para as famílias já está mais ou menos estável e temos a inflação, que, se for comparada à do mesmo trimestre do ano passado, está um pouco mais alta. Também houve alta na taxa de juros nesse periodo, e tudo isso afeta negativamente o consumo das famílias”, disse a gerente da Coordenação de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca de La Rocque
A taxa de crescimento acumulada nos últimos quatro trimestres ficou em 2,1%, patamar que vem caindo desde o primeiro trimestre de 2013, quando atingiu 3,3%. No terceiro trimestre de 2010, a taxa anualizada chegou a 7,6%. (Agência Brasil/Carta Campinas)