Ao que tudo indica, Marina Silva (Rede-PSB) deve ser indicada como candidata à presidência da República pelo PSB. Tem todo um movimento pressionando para isso, até pesquisa Datafolha indica que ela já é presidente, já ganhou. Mas e se Marina Silva não for indicada? Seria uma tremenda surpresa política?
É certo que Marina Silva deve ceder tudo e mais um pouco para sair como cabeça de chapa do PSB. Mas isso pode não ser suficiente. Mesmo porque uma vitória de Marina Silva não significa uma vitória do grupo político do PSB. No fundo, devem pensar os PSBistas: vale a pena ganhar e não levar? E se colocasse alguém do partido no lugar de Eduardo Campos? Será que alguém do PSB, diante de tanta consternação midiática e da surpresa, também não teria um bom desempenho nas pesquisas?
Diferente dos outros candidatos, que buscam votos nas religiões e negociam votos para se eleger, Marina é a própria religião no poder; ela é bem diferente da cúpula do PSB, mas eleitoralmente ela é muito forte, visto que os piores pontos de Marina não poderão ser atacados pelos adversários, são tabus no Brasil.
Ela é contra a união de homossexuais, contra a descriminalização das drogas e contra descriminalização do aborto (e pode colocar junto contra o Darwinismo). Temas que mantém o Brasil no arco do atraso mundial. Tudo isso parece não ser a praia do PSB, mas na política tudo pode acontecer.