A notícia de que o presidente do PT de São Paulo, Edinho Souza, ainda aguarda uma resposta da Rede Globo a respeito da carta enviada à emissora no final de semana, questionando a exclusão do candidato Alexandre Padilha da cobertura diária no Estado, nos faz lembra a bela música de Chico Buarque, Geni e o Zepelim. Joga pedra na Geni! Ela é feita pra apanhar!.
O PT estaria sofrendo bloqueio de cobertura de seu candidato no principal colégio eleitoral do país pela maior emissora de televisão o país e reclama. Como pode?
O PT é governo federal há 12 anos, teve a Secretaria de Comunicação (Secom) que distribui as verbas publicitárias nas mãos por três mandatos, poderia ter feito com leves prestações a ley dos medios sem caneta e sem Congresso. Bastava ter distribuído a verba de forma intensa e plural. A Secom é a real ley dos medios, o órgão que pode democratizar a comunicação no Brasil. A Secom nesses anos todos socou dinheiro na Globo e na Veja, além de muitos outros meios que muitas vezes os atacam leviana e acintosamente. Veja a questão do IPTU do Haddad em São Paulo. E o Manchetômetro da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Jornal Nacional bateu na Dilma de 82 (manchetes ruins) contra 3 (positivas). Tá ou não tá parecendo a Geni?
É algo inexplicável. Talvez tenha uma ala petista que morra de medo da Globo, que passa informação para a Veja e que acha que um dia serão tratados com tratam a aristocracia de alta plumagem. Foi o que aconteceu com Palocci. Já se achava um Bob Fields e foi destroçado de forma implacável pela cobertura jornalística. Quando a Globo der cobertura mais equilibrada para os candidatos do PT é sinal de tempos ruins…
One thought on “O PT e o complexo de Geni (ou de Antonio Palocci)”