De acordo com os dados preliminares levantados pela entidade, há um potencial de extração de água desses aquíferos na ordem de 255 metros cúbicos por hora. O estudo do Consórcio PCJ considera, ainda, o levantamento feito pelo Departamento de Água e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE) de 1997, que diz existirem mais de 138 bilhões de metros cúbicos de água subterrânea nas Bacias PCJ.
O volume não é suficiente para permitir à bacia independência de outros sistemas de captação, mas, segundo o Consórcio PCJ, poderá servir de reserva técnica emergencial para municípios e empresas que enfrentem restrições de captação de água superficial diante de um possível agravamento da situação hídrica nos rios da região.
O projeto, intitulado “Conscientização, Informação e Prestação de Serviços com Relação ao Potencial dos Aquíferos Subterrâneos Nas Bacias PCJ”, será disponibilizado à municípios e empresas associados ao Consórcio PCJ. Os interessados deverão entrar em contato com o coordenador de projetos e responsável pelo Programa de Ampliação da Oferta Hídrica, José Ceza Saad, pelo e-mail jose.cezar@agua.org.br.
As Bacias PCJ estão passando por um fenômeno climático extremo sem chuvas para garantir o abastecimento público, industrial e rural da região, prova disso é que desde o início do ano choveu 300 milímetros a menos do que a média histórica e a vazão de água que entra no Cantareira, chamada de vazão de afluência, foi 60% menor que a média histórica para o período. As chuvas não estão sendo suficientes para amenizar a estiagem. Na cidade de Campinas (SP), por exemplo, choveu no mês de maio apenas 26,1 milímetros, sendo que o esperado para o mês é de 63,3 milímetros. (Carta Campinas com informações de divulgação)