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Piracicaba, Jundiaí, Indaiatuba e Americana investem mais do que Campinas

A prefeitura de Campinas perdeu a capacidade de investimento e hoje investe menos do que cidades menores da região. Essa é a análise que fez o vereador Artur Orsi (PSDB),  que criticou esta semana os baixos níveis de investimento da Administração Municipal e disse que o dinheiro do investimento, que poderia ir para postos de saúde, estão indo direto para empresas terceirizadas.

O vereador afirma que cidades menores que Campinas investiram muito mais. Diz que, no ano passado, a prefeitura de Guarulhos investiu quatro vezes mais que Campinas. “Nossa cidade recebeu menos investimentos que praticamente todas as cidades de médio porte da região. Nosso investimento é menor que Piracicaba, Jundiaí, Indaiatuba ou Americana”, diz. “E isso é inaceitável”, acrescenta.

“Piracicaba, com Orçamento de R$ 1,2 bilhão, investiu R$ 13 milhões no primeiro quadrimestre de 2014; em Hortolândia, com R$ 613 milhões de Orçamento, foram investidos R$ 31 milhões. Campinas, por sua vez, vai na contramão. Isso é um absurdo, já que os postos de saúde de cidade estão caindo aos pedaços”, diz.

 O vereador apresentou um estudo em que acredita ter demonstrado que os investimentos vem sendo reduzidos paulatinamente na cidade. Orsi lembra que no primeiro quadrimestre de 2009, com um orçamento de R$ 2,7 bilhões, a prefeitura investiu R$ 28 milhões. “No ano passado, com um orçamento muito maior (R$ 3,7 bilhões) o investimento caiu para R$ 13 milhões e, no mesmo período deste ano, desabou para R$ 10 milhões”, diz ele.

“Em 2011, com um Orçamento de R$ 3,2 bilhões, foram investidos aproximadamente R$ 27 milhões, ou seja, quase três vezes mais que os valores de 2014”, argumenta. “Ou seja, trata-se de um investimento pífio para o tamanho da cidade e para fazer frente às enormes demandas existentes”, afirmou o vereador.

Orsi diz que a capacidade de investimento vem caindo, porque a Administração está dando prioridade aos contratos com empresas terceirizadas. Diz que só com o contrato do Verde – que é o programa de manutenção de áreas verdes no município – a Prefeitura gastou R$ 12 milhões a mais no primeiro quadrimestre de 2014, em relação a igual período de 2013. O valor saltou de R$ 4,8 milhões em 2013 para R$ 16,8 milhões neste ano.

Além do contrato do Verde, Artur Orsi dá outros exemplos de aumentos em contratos terceirizados. Conforme o levantamento feito pelo seu gabinete, o valor do contrato com a Gocil Serviços de Vigilância, no período entre fevereiro e abril, saltou de R$ 10,2 milhões em 2013 para R$ 12,4 milhões em 2014; com a Gocil Serviços Gerais, o valor subiu de R$ 2,6 milhões para R$ 3,1 milhões.

O vereador diz que os contratos para locação de veículos também precisam ser explicados. “O contrato para aluguel de veículos subiu de R$ 12 milhões para R$ 23,5 milhões. A prefeitura paga quase um milhão de reais por mês com o aluguel de 130 peruas kombi. Cada um desses carros custa ao cofres nada menos que R$ 7 mil. No contrato de 2011, esses mesmos carros custavam R$ 3.600. Para que o cidadão tenha uma ideia, a prefeitura do Recife paga por carros iguais a esses, a quantia de R$ 1,2 mil”, diz o vereador. “O mínimo que essa Administração deveria fazer era justificar esses contratos”, finalizou.

O vereador disse que ao invés e arrumar centros de saúde e manter serviços básicos funcionando, a prefeitura preferiu promover desapropriações de áreas ou imóveis que estão longe de ser prioridade.

“Gastamos nada menos que R$ 60 milhões em seis desapropriações. O prefeito gastou R$ 12 milhões para desapropriar um imóvel no Cambuí, que vai exigir mais R$ 3 milhões para reforma, para um centro de aperfeiçoamento dos professores. Gastou mais R$ 10 milhões por um casarão na Barreto Leme, que aliás, é um prédio tombado e vai exigir gastos enormes para recuperação. Ou seja, não há critérios para os gastos”, afirma.  (Carta Campinas com informações de divulgação)

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