O vereador Pedro Tourinho (PT) e morador do bairro Barão Geraldo, protocolou hoje na Câmara Municipal de Campinas uma proposta para proibir o uso de balas de borracha pelas forças de segurança de Campinas, o que inclui a Guarda Municipal.
Na madrugada de terça-feira, as forças de segurança pública usaram balas de borracha contra foliões que pulavam Carnaval na Praça do Coco em Barão Geraldo.
O uso de balas de borracha (munição de elastômero do calibre 12) traz riscos excessivos e proporcionais, deixando vítimas com ferimentos irreversíveis e podendo levar à morte.
Para o vereador, a proibição é uma forma de evitar uso excessivo da força, como o que ocorreu em Barão Geraldo. O projeto deve agora ser apreciado pelos demais vereadores para se tornar lei. No estado de São Paulo já há um projeto semelhante, em tramitação na Assembleia Legislativa, de autoria do deputado estadual Professor Tito (PT).
Tourinho também soltou uma nota sobre a ação da PM e da Guarda Municipal na Praça do Coco em Barão Geraldo, na noite de terça-feira de Carnaval. Veja nota do vereador:
“Fiquei sabendo na manhã de hoje dos atos de violência promovidos por agentes das forças de segurança pública na noite de ontem no bloco do Sousa, na praça do coco em Barão Geraldo. Cedo tive acesso a fotos de pessoas feridas por balas de borracha e relatos de gente que sofreu efeitos do gás lacrimogêneo que foi jogado no meio do bloco. Ainda não tenho clareza de todos os fatos, mas desde já algumas coisas não me parecem corretas.
Sou morador de Barão Geraldo, conheço bem o distrito todo. Ouvi vários relatos de pessoas que estavam na festa, que conheço e nas quais confio suficientemente para saber que se houve tentativa de saque ou violências contra patrimônio privado ou público ontem em barão, isso se deu a uma distância considerável de onde ocorria o samba e de nada tem a ver com a repressão desencadeada contra os foliões do bloco do Sousa, que estavam sambando madrugada adentro, como é costume no carnaval. Não me parece que exista justificativa plausível para o lançamento de balas de borracha e gás lacrimogêneo nesse contexto. Questiono inclusive o que afinal fazia a polícia com esse tipo de equipamento numa festa de carnaval em Barão Geraldo, que sempre tem um carnaval vivo, rico e de paz.
Instala-se em Barão agora uma insegurança absolutamente desnecessária , várias pessoas estão com medo de sair pra rua nessa terça-feira, um dado muito triste. Espera-se sim que a polícia esteja pronta para evitar atos de destruição de patrimônio como os que segundo relatos ocorreram ontem no pão de açúcar , em lojas e bancos, um bocado distantes do local onde acontecia a festa do bloco de carnaval, mas espera-se que a polícia saiba inibir esses atos de forma segura e controlada e não promovendo o caos em uma aglomeração com mais de uma centena de foliões , no meio da noite.
Entrei em contato com autoridades da prefeitura municipal, que me garantiram que a ação de ontem foi da responsabilidade da polícia militar do estado de São Paulo. Agora, as 16h, vai acontecer uma discussão pública sobre o que ocorreu ontem e ainda mais tarde hoje sairão dois blocos aqui em Barão.
Espero que corra tudo bem, que as pessoas possam festejar com tranquilidade e que a polícia esteja preparada para proteger as pessoas em caso de necessidade e não para assustar e agredir quem só quer festejar. Vivemos um momento de acirramento de tensões , de muita repressão e violência por parte das forças do poder público , não podemos deixar que até mesmo nosso carnaval seja afetado por essa onda.”
O Pedro Tourinho entende tanto de segurança pública quanto eu de medicina. O que falta dos governantes sobra nos agentes de segurança pública, “Encarar o problema e agir com firmeza”. Não esperava nada diferente vindo do partido o qual ele pertence. Vereador faltou apenas pedir a prisão dos agentes e medalha para os bardeneiros. Se orienta antes de fazer essas merfas!
Se o Sr. Pedro Tourinho queria aparecer com alguma medida demagógica foi infeliz. Sua cara de paisagem na foto que ilustra o artigo mostra o quanto ele é alienado em matéria de segurança pública.