Veja abaixo texto da Unicamp sobre a morte do escritor Eustáquio Gomes:
É com incomensurável tristeza que a Assessoria de Comunicação e Imprensa (Ascom) da Unicamp noticia o falecimento do jornalista e escritor Eustáquio Gomes, enquanto dormia, nesta sexta-feira, 31. Todos da Ascom, especialmente, e todos da Unicamp que tiveram a sorte de conhecer sua generosidade, talento e competência, já vinham sentindo a sua falta desde que ele teve uma rica trajetória abalada por problemas de saúde. Ainda não há notícias de velório de Eustáquio Gomes e horário de sepultamento.
Eustáquio Gomes implantou a Ascom em 1982 e, salvo um breve hiato, comandou o trabalho de interface entre a Unicamp e a mídia externa, respondendo também pelo Jornal da Unicamp e pelo conteúdo noticioso do Portal da Unicamp, até março de 2012. Em dezembro, foi homenageado em sua residência com o título de Servidor Emérito da Universidade, proposta aprovada por unanimidade pelo Conselho Universitário (Consu).
Nascido no povoado de Campo Alegre (MG) em 1952, o filho de lavradores contou com a ajuda de amigos para realizar seus primeiros estudos, formando-se depois em jornalismo pela PUC-Campinas e tornando-se mestre em letras pela Unicamp. Trabalhou em jornais do interior, principalmente nos diários de Campinas, tendo atuado também nas áreas de comunicação das empresas Bosch do Brasil e White Martins. Como colaborador regular do campineiro Correio Popular, publicou cerca de 800 crônicas, além de reportagens especiais, entrevistas culturais e outros textos.
O escritor Eustáquio Gomes é autor do romance A Febre Amorosa (1994), possivelmente seu livro mais conhecido, adaptado para o teatro em 1996 e traduzido para o russo em 2005. Ao todo, ele produziu 16 obras, entre elas: Cavalo Inundado (poemas, 1975), Mulher que Virou Canoa (contos, 1978), Os Jogos de Junho (novela, 1982), Hemingway: sete encontros com o leão (ensaio biográfico, 1984), Jonas Blau (romance, 1986), Ensaios Mínimos (ensaios, 1988) e Os Rapazes d’a Onda e Outros Rapazes (ensaio, 1992).Para a comunidade acadêmica, em particular, Eustáquio Gomes escreveu O mandarim: história da infância da Unicamp (biografia, 2006), contando como foram os primeiros anos da vida da Universidade, a partir do levantamento de documentos históricos e do depoimento de personagens que ajudaram a construir a instituição.
Por ocasião do título de Servidor Emérito, seu filho, Leandro Gomes, declarou: “É notória sua admiração pela Unicamp e pelas pessoas que a integram. Ele sempre ressalta o quanto aprendeu com a diversidade de ideias e conhecimentos que circulam no meio universitário e com os quais teve contato ao longo dos anos. Este reconhecimento por parte da instituição à qual consagrou parte significativa da sua vida é uma grande honra para meu pai e nossa família, coroando uma carreira dedicada à divulgação da Universidade e do conhecimento nela produzido”.