A partir desta terça-feira, 19 de novembro, o Museu da Imagem e do Som de Campinas e a Casa de Cultura Tainã exibem, como parte das atividades do V Ciclo de Cinema Documental, uma série de produções documentais que se desenvolveram em comunidades quilombolas e abordam seus conflitos e suas lutas. As obras serão apresentadas de terça a sábado, a partir das 19 horas, no MIS. No domingo, dia 24 de novembro, serão exibidas cinco produções documentais na Casa de Cultura Tainã, às 17h.
Algumas das comunidades quilombolas que terão suas produções exibidas fazem parte da Rede Mocambos, uma rede de comunicação comunitária constituída de comunidades rurais – como comunidades quilombolas, indígenas, caiçara – e também de comunidades urbanas. Fundada em 2007 como um projeto desenvolvido em parceria com o Ministério das Comunicações, a Rede funciona por meio de articulações locais que organizam seus telecentros e estruturam um processo de comunicações para romper com seu histórico de isolamento.
Hoje, a Rede engloba 200 comunidades integradas por meio de trocas permanentes de projetos, saberes e produtos. Dentre estas trocas, estão os saberes tecnológicos para o domínio dos processos de comunicação e das linguagens, que passaram a ser desenvolvidos junto ao campo tradicional de cultura de cada comunidade. (Da Rede Carta Campinas com informações de divulgação)
Confira a programação completa do ciclo que acontecerá no MIS e na Casa de Cultura Tainã:
MIS – Dia 19/11 – Terça-Feira – 19h
“Brincando com os Deuses” – direção Guta Galli
Curta-metragem – dur. 8′ 30” – Guarulhos, SP, 2010
Representações de crianças em torno das divindades do Candomblé, apresentando os conceitos e elementos que caracterizam cada divindade.“A Cidade das Mulheres” – direção Lázaro Farias
Longa-metragem – dur. 72′ – Salvador, BA, 2005
Panorama da identidade visual e cultural de mulheres baianas que, através de gerações, criaram mitos, divindades que atuam no cotidiano da cidade. Roteiro inspirado no livro “A Cidade das Mulheres” da antropóloga americana Ruth Landes, escrito nos anos 30 do século XX.Dia 20/11 – Quarta-Feira – 19h
“Bumbo Dá Samba” – direção Mariana Valença, I. Vitoriano, P. Fabi e R. Pagiuso
Média-metragem – dur. 21′ 20” – Curso Jornalismo PUCCamp, Campinas,SP, 2003
Um olhar lúdico e ensaísta sobre a trajetória do samba de bumbo, a partir da história de pessoas de Campinas, Pirapora e São Paulo, que participam ou participaram das rodas de samba rural paulista. Uma contemplação da cultura negra, através do paradoxo entre a força do tambor e a fragilidade social.“Pedra da Memória” – Dir. Renata Amaral
Longa-metragem – dur. 59′ 20” – São Luís, MA, 2011
Um diálogo estético entre as tradições populares do Brasil e do Benin (África Ocidental), em uma aproximação poética e reveladora conduzida pela memória de Pai Euclides Talabyan da Casa Fanti Ashanti .Dia 21/11 – Quinta-Feira – 19h
“Caixa Preta” – direção Ana Cláudia Okuti
Curta-metragem – dur. 17′ 30” – Produção Nós do Morro – Rio de Janeiro, RJ, 2009
Docudrama sobre os dilemas da população pobre do Rio de Janeiro, enfrentando dificuldades financeiras, desemprego, estigmatização social e violência Policial.“BAC Tainã” – direção coletivo da Casa de Cultura Tainã
Média-metragem – dur. 24′ – Casa de Cultura Tainã – 2003
Roda de conversa do pessoal da Tainã com Cláudio Prado, representante do MinC, sobre as configurações possíveis do Programa Cultura Viva/Pontos de Cultura.“Semba” – direção José Guilherme Maia Lopes
Curta-metragem – dur. 6′ 56” – Casa de Cultura Tainã, Campinas, SP, 2012
Apresentação da obra do artísta plástico Aluízio Jeremias, através da exposição Semba, abordando a história do samba campineiro.Dia 22/Nov – Sexta-feira – 19h
“Quilombo Brasil” – coletânea de vídeos sobre projetos desenvolvidos por Quilombos da Rede Mocambos. Produção: Política do Impossível/Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos – dur. 128′, 2011.“Luz Quilombola”- dur. 15′ 20” – Quilombo Ribeirão Grande, Vale da Ribeira, SP.
A construção de um gerador de energia movido por uma roda d’água para prover de energia elétrica o Quilombo Ribeirão Grande.“Deslocamentos no Maranhão”- dur. 32′ 20” – Quilombo Canelatiua, Alcântara, MA. História do tratamento dado aos diversos quilombos da região de Alcântara, por conta da instalação e ampliação da Base Aeroespacial.
“Voz Livre, o que é ser quilombola hoje?” – dur. 17′ 30” – Olinda, PE.
O Quilombo Urbano do Xambá e a Rádio Amnésia reordenando a dinâmica das tradições afro-brasileiras de Olinda.“Conceição das Crioulas” – dur. 20′ – Quilombo Conceição das Crioulas, PE.
Tensões e dilemas da trajetória de um quilombo com mais de 200 anos.Dia 23/Nov – Sábado – 19h
“Quilombo Rio Do Macaco” – direção Josias Pires
Curta-metragem – dur. 15′ – Bahia, Brasil, 2011
Canudos é aqui, entre Salvador e Simões Filho, na Baía de Aratu. Este filme mostra que a Marinha do Brasil deflagrou nesta região guerra a um grupo de famílias negras descendentes de escravos que viviam ali antes da chegada da marinha. Hoje constituem mais de 50 famílias reconhecidas pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo.“A Voz dos Quilombos”– direção Lellete Couto
Média -metragem – dur. 22′ – Superintendência da Igualdade Racial da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos Rio de Janeiro, RJ, 2009
Documentário que tem por objetivo dar visibilidade aos remanescentes dos quilombos que vivem na Região Médio Paraíba, interior do Estado do Rio de Janeiro. A produção do filme foi acompanhada por jovens que participaram do I Encontro Est. da Juventude Quilombola.“Arquitetura da Exclusão” – direção Daniel Lima
Curta-metragem – dur. 15′ 30” – Rio de Janeiro, RJ, 2010
O documentário propõe um questionamento sobre os muros, visíveis e invisíveis, que permeiam os centros urbanos. Nesta proposição, o Morro Santa Marta, primeira favela a ser cercada por muros construídos pelo Estado do Rio de Janeiro, e o carnaval carioca apresentam-se como situações potentes da nossa realidade e imaginário.“Caso Laurindo Gomes” – direção José Guilherme Maia Lopes
Curta-metragem – dur. 17′, Cor – 2013 – Prosa na Serra, Iporanga, SP.
Laurindo Gomes, do Quilombo de Praia Grande – Iporanga, SP, sua história se mistura com a história de lutas das comunidades tradicionais do Vale do Ribeira, há quase 3 anos foi brutalmente assinado. Laurindo é lembrado por lutar pelos direitos aos territórios tradicionais, reconhecimento oficial das comunidades caboclas e quilombolas.Casa de Cultura Tainã- Dia 24/11 – Domingo – 17h
“Quilombo Brasil” – coletânea de vídeos sobre projetos desenvolvidos por Quilombos da Rede Mocambos. Produção: Política do Impossível/Casa de Cultura Tainã/Rede Mocambos“Deslocamentos no Maranhão” – dur. 32′ 20” – Quilombo Canelatiua, Alcântara, MA. História do tratamento dado aos diversos quilombos da região de Alcântara, por conta da instalação e ampliação da Base Aeroespacial.
“BAC Tainã”- Curta-metragem – dur. 24′ – Casa de Cultura Tainã – 2003
Discussão das proposições culturais sobre a definição do Programa Cultura Viva“Semba” – direção José Guilherme Maia Lopes
Curta-metragem – dur. 6′ 56” – Casa de Cultura Tainã, Campinas, SP, 2012 Apresentação da obra do artísta plástico Aluízio Jeremias, através da exposição Semba, abordando a história do samba campineiro.“IPADE da Juventude Quilombola e Indígena no Rio Grande do Sul” – direção PC Barbosa – Curta-metragem – dur. 16′ 19” – Núcleo Sul de Formação e Comunicação da Rede Mocambos – 2013.
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