Desde outubro passado, o Devisa (Departamento de Vigilância em Saúde) da Secretaria de Saúde de Campinas tem atuado junto com o Hospital Celso Pierro, da PUC-Campinas, para combater a tuberculole na UTI-neonatal.
O Departamento foi notificado da doença em outubro pelo hospital, conforme preconizado por lei, e definiu, em conjunto com a PUC, o protocolo a ser seguido pela instituição.

Brigina Kemp, diretora da Devisa
Brigina Kemp, diretora da Devisa

Esta semana, a Vigilância definiu ações para a investigação do caso de tuberculose identificado em uma mulher que frequentou a UTI neonatal e a unidade semi-intensiva do Hospital.

De acordo com a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Maria do Carmo Ferreira, trata-se de uma mulher de 23 anos que teve um bebê na maternidade do Hospital em fevereiro e só desenvolveu os sintomas da doença em outubro, imediatamente tratados. “Vamos investigar, através de exames, os bebês e mães que tiveram contato com essa pessoa. Sabemos que ela esteve em uma área específica da UTI e da semi-intensiva de 23 de fevereiro a 14 de abril. Todas as crianças e mães, além dos profissionais de saúde que passaram neste período pelo local, serão avaliados”, informou.

No total, 60 bebês e 60 mães, além dos profissionais de saúde, que estão sendo levantados, devem passar por exames. Seis crianças já realizaram os testes, que devem ficar prontos em 15 dias. A PUC está entrando em contato com todos os responsáveis que deverão ser investigados para agendar consulta e avaliação médica.

A Diretora do Devisa, Brigina Kemp, ressaltou que a tuberculose é um desafio para a área de saúde pública considerado prioritário para a Organização Mundial de Saúde (OMS). “É uma doença que incide principalmente nas classes menos favorecidas, mas não é exclusivamente nessas classes. Campinas tem cerca de 300 novos casos por ano”, disse. A investigação deve ser concluída em dois meses. (Carta Campinas com informações de divulgação)