A programação de cinema para a próxima semana no Museu da Imagem e do Som de Campinas (MIS) traz diversos títulos que podem ser vistos pelo público gratuitamente.
As sessões começam a partir de quinta-feira, dia 10 de outubro, às 19h30, com a exibição de “Olhe para mim de novo”, dirigido por Kiko Goifman e Claudia Priscila, que traz para as telas o tema do transexual masculino no cenário nordestino em suas diversas marginalizações.
Na sexta-feira, dia 11, às 19h, será exibido ‘O Quadro Negro’, dirigido por Samira Makhmalbaf. O filme traz a incrível história de professores que atravessam as montanhas do Irã carregando quadros negros nas costas em busca de estudantes. Uma expressiva metáfora para a educação na realidade atual, onde os professores são quase como nômades no sentido de não terem seu lugar reconhecido, mas, ainda assim, carregam seu principal instrumento, o quadro negro, insistindo em transformar outras vidas por meio do conhecimento.
O clássico “A fonte da donzela”, dirigido por Ingmar Bergman, será exibido no sábado, 12 de outubro, às 16h dentro do ciclo “Aula de Cinema”, com curadoria de Ricardo Pereira. Neste filme, Bergman volta a explorar o imaginário medieval que já aparece em “O sétimo selo” e situa sua obra dentro de um contexto de disputa entre o paganismo e o cristianismo. Os enredos sempre surpreendentes de Bergman trazem dessa vez uma jovem de educação cristã que é estuprada no caminho da igreja por dois pastores que depois vão pedir comida na casa de seus pais. Um enredo de dupla ironia reforçado pela bela estética bergmaniana.
A semana se encerra com a exibição de “A paixão de Joana D’Arc”, de Carl T. Dreyer, que retoma a história da francesa queimada viva pela inquisição católica. (Da Rede Carta Campinas com informações de divulgação)
Veja detalhes dos filmes abaixo:
Dia 10, quinta-feira, 19h30
OLHE PRA MIM DE NOVO
Direção de Kiko Goifman e Claudia Priscila.Um road-movie no sertão nordestino que acompanha a história de Silvyo Luccio, um transexual masculino. Ele expõe suas inquietações e dramas pessoas ao viajar com a equipe por vários Estados do Nordeste, para interagir com outras pessoas vítimas de preconceito. Mostra situações do cotidiano de algumas pessoas que estão à margem da sociedade, praticamente isoladas no meio do agreste. Brasil, 2010. Colorido, 79 min. A exibição será precedida do curta “Vestido de Laerte” de Claudia Priscila e Pedro Marques.
Dia 11, sexta-feira, 19h
O QUADRO NEGRO
Direção de Samira MakhmalbafUm grupo de professores atravessa as montanhas do Irã, carregando quadros-negros em suas costas, em busca de estudantes. Assustados com o ensurdecedor e repentino barulho de helicópteros, eles saem correndo tentando se proteger. Com a confusão, o grupo acaba se separando. Agora, cada professor passa a conhecer novas pessoas e novas realidades, criando várias narrativas. Irã/Itália/Japão, 2000. Colorido, 85 min.
Dia 12, sábado, 16h
A FONTE DA DONZELA
Direção de Ingmar Bergman.“A Fonte da Donzela” é um dos filmes mais impressionantes do mestre Ingmar Bergman, no qual ele volta a explorar o imaginário medieval de O Sétimo Selo. Na Suécia do século XIV, num país dividido entre o cristianismo e o paganismo, um casal de cristãos fervorosos pede para a bela filha ir levar velas para a igreja do vilarejo. No caminho, a jovem é estuprada e assassinada por dois pastores de cabra, que sem saber acabam indo à casa dos pais da moça para pedir comida e abrigo. Vencedor do Oscar e do Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro, “A Fonte da Donzela” traz ótimo elenco liderado pelo grande Max Von Sydow (O Exorcista) e conta com belíssima fotografia do genial Sven Nykvist. Suécia, 1960. Preto e Branco, 88 min.
Dia 12, sábado, 19h30
A PAIXÃO DE JOANA D’ARC
Direção de Carl T. Dreyer.A camponesa Joana D’Arc é julgada herege e condenada à morte por um tribunal católico, depois de ter liderado o povo francês na luta contra o Exército invasor inglês, dizendo-se inspirada por Jesus e São Miguel, em maio de 1431. Para salvar a vida, Joana assina durante o processo, uma confissão de heresia, mas depois renega-a, preferindo salvar a alma. É então queimada viva em praça pública. França, 1928. Preto e Branco, 110 min.