(foto debora barreto - divulgação)
Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), universidade pública brasileira, em parceria com United States Department of Agricuture (USDA — Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, em português) e da Embrapa Meio Ambiente (SP) identificou substâncias com potencial herbicida e antifúngico.
A partir do isolamento de um fungo endofítico (microrganismo que vive nos tecidos vegetais), encontrado em uma planta medicinal tropical do gênero Piper, produziu substâncias bioativas com potencial herbicida e antifúngico. Entre esses metabólitos, o batizado como composto “2” foi descrito pela primeira vez e mostrou desempenho superior ao de alguns pesticidas sintéticos e contaminantes do meio ambiente. Ensaios comparativos revelaram que o composto mostra ação mais potente que a de herbicidas como glifosato e clomazona. A pesquisa reforça a biodiversidade brasileira como fonte de moléculas inovadoras para bioinsumos destinados ao uso na agricultura. Os próximos passos incluem estudos de segurança, mecanismos de ação e formulação de produtos comerciais.
O estudo representa o primeiro registro da atividade biológica dessa substância, ampliando o leque de moléculas naturais que podem ser exploradas para o desenvolvimento de defensivos agrícolas alternativos aos pesticidas sintéticos. “Esses microrganismos endofíticos são um reservatório promissor e ainda pouco explorado de metabólitos bioativos, capazes de gerar soluções inovadoras para a agricultura”, avalia o professor da UFMG Luiz Henrique Rosa.
Os pesticidas sintéticos vêm sendo utilizados desde a década de 1940 para proteger lavouras contra ervas daninhas, insetos e fungos. Como resultado, houve um aumento da produtividade agrícola, mas também o surgimento de problemas ambientais, intoxicações humanas e desequilíbrios ecológicos.
Atualmente, o setor agrícola enfrenta um dilema: manter a produção suficiente para alimentar quase 10 bilhões de pessoas até 2050, mas com menos impacto ambiental e maior eficiência no uso de recursos. “Nesse cenário, bioinsumos como os metabólitos de fungos endofíticos aparecem como alternativas promissoras, capazes de unir eficácia no campo e sustentabilidade, afirma a pesquisadora da Embrapa, Sonia Queiroz.”
O estudo reforça a importância da biodiversidade brasileira como um dos maiores patrimônios científicos do planeta. Florestas tropicais, cerrados e outros biomas abrigam microrganismos ainda pouco explorados, que podem gerar inovações em saúde, agricultura e indústria.
“No caso do Fusarium, endofítico isolado em Minas Gerais, o trabalho marca o início de um processo que pode culminar em novos herbicidas e fungicidas comerciais”, acredita o professor Luiz Henrique Rosa.
Para isso, os pesquisadores destacam que são necessárias etapas adicionais: estudos sobre os alvos moleculares dos metabólitos, análises de segurança ambiental e toxicológica, além da possibilidade de modificar estruturalmente as moléculas para aumentar sua eficácia. (Com informações de Cristina Tordin da Embrapa)
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