(foto cíntia antunes - divulgação)
A escritora Amara Moira. (Foto de Cintia Antunes.)
Com uma programação intensa e gratuita, a MOLI – Mostra Literária de Campinas reafirma a cidade como território de criação e resistência, convidando o público a mergulhar nas múltiplas vozes que fazem da palavra um gesto de transformação; inscrições para sarau e oficinas ainda estão abertas
Entre os dias 7 e 9 de novembro, o MIS – Museu da Imagem e do Som de Campinas recebe a 2ª edição da MOLI – Mostra Literária de Campinas, um evento gratuito que celebra a literatura independente e promove encontros entre autoras, autores e o público. A programação reúne feira literária, exposições, debates, oficinas, espetáculo teatral e um sarau em homenagem a Hilda Hilst, escritora campineira que inspira esta edição. Mais informações e inscrições abertas em @moli.mostraliteraria
A MOLI nasceu com o propósito de ser um espaço democrático de criação e circulação literária, valorizando a produção independente e plural. “Queremos fortalecer a rede de escritoras e escritores, ampliando o acesso à arte e à cultura”, afirma Gabriela Guinatti, idealizadora e diretora da mostra.
A abertura da MOLI acontece na sexta-feira, 7 de novembro, com uma homenagem a Hilda Hilst. O evento oficial acontece a partir das 18h, com a inauguração das exposições “Língua Materna”, de Fernanda Lazzarini; “Aquarelas e Nanquins, Mandalas e outras Decodificações”, de Olga Bilenky; e a mostra fotográfica “Cida”, de Thaísa Aluani. As obras, que permanecem abertas durante os três dias do evento, exploram temas como ancestralidade, memória e linguagem.
Às 19h30, será exibido o filme “Hilda Hilst Pede Contato”, de Gabriela Greeb, seguido de uma mesa de debate às 20h30, com a presença da diretora e da artista Olga Bilenky, sob mediação de Gabriela Guinatti. O encontro reflete sobre o legado e a força da escritora homenageada, figura essencial da literatura brasileira contemporânea.
O segundo dia, sábado 8/11, começa às 10h, com a “Oficina de Dramaturgia” ministrada por Ave Terrena, convidando o público a experimentar a escrita teatral como prática de invenção e escuta do outro. Das 13h às 21h, a Feira Literária toma o espaço do MIS, reunindo autoras, autores e editoras independentes de diversas partes do país. Metade das vagas foi destinada a pessoas negras, indígenas, quilombolas, trans, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e mães solo, reforçando o caráter inclusivo da MOLI.
Às 14h, acontece um dos momentos mais esperados da Mostra: a mesa “Bruxas, Escritoras e a Palavra Indomesticável”, com Amara Moira e Karine Medeiros, mediadas por Maria Fernanda Moreira. Doutora em teoria e crítica literária pela Unicamp, Amara Moira é travesti, feminista e autora dos livros E se eu fosse puta (n-1 edições, 2023) e Neca: romance em bajubá (Companhia das Letras, 2024). Reconhecida por sua escrita corajosa e pela atuação política e cultural, Amara traz à MOLI reflexões sobre corpo, desejo, linguagem e poder, temas que dialogam diretamente com a poética rebelde de Hilda Hilst.
Encerrando o sábado, das 18h às 21h, o sarau “Um Canto para Hilda” presta homenagem à autora, reunindo vozes poéticas contemporâneas em uma celebração da palavra e da liberdade criativa. O Sarau está com inscrições abertas para apresentações. Inscreva-se!
O domingo, 9/11, último dia da Mostra, tem início às 10h com a Oficina de Poesia Griot, conduzida pela Griôta Nil Sena, que propõe um mergulho nas oralidades afro-brasileiras e nas potências da palavra ancestral.
A Feira Literária segue também no domingo das 13h às 21h, com novas sessões de autógrafos e lançamentos. Às 14h, a mesa “A Identidade da Palavra-Poética, Memória e Ancestralidade” reúne Mestra Sinhá Rosária e Luana Guarani, com mediação de Tânia Alves, para discutir a escrita como lugar de preservação de histórias e resistências.
A MOLI se encerra às 19h com o espetáculo “Volúpia”, da artista Helena Agalenéa, uma performance teatral que dialoga com o erotismo e a transcendência, temas centrais na obra de Hilst.
Durante os três dias de evento, o público também poderá desfrutar do bar do Assentamento Marielle Vive, fortalecendo a integração entre literatura, cultura e convivência comunitária. Com uma programação intensa e gratuita, a MOLI reafirma Campinas como território de criação e resistência literária, convidando o público a mergulhar nas múltiplas vozes que fazem da palavra um gesto de transformação.
Mais informações e inscrições para as oficinas e ssrau: @moli.mostraliteraria
Serviço – 2ª MOLI: Mostra Literária de Campinas
Data: 7 a 9 de novembro de 2025
Local: MIS Campinas – Museu da Imagem e do Som (Rua Regente Feijó, 859 – Centro, Campinas – SP)
Mais informações e inscrições para oficinas e para o sarau “Um Canto para Hilda”: Instagram @moli.mostraliteraria
Evento gratuito para expositores e público
Programação Completa – 2ª MOLI
*Bar do Assentamento Marielle Vive – disponível durante todos os dias do evento.
(foto jeff delgado - divulgação) Um dos maiores encontros de cultura urbana do Estado de…
(foto firmino piton - pmc) A Catedral Metropolitana de Campinas será palco neste domingo, 7…
(foto fabio rodrigues pozzebom - ag brasil) O Congresso Nacional aprovou nesta quinta-feira (4) o…
(foto fabiana ribeiro - divulgação) O Centro Cultural Casarão, em Barão Geraldo, recebe neste domingo,…
(foto divulgação) A música instrumental e vocal irlandesa e escocesa é a atração desde domingo,…
(foto divulgação) O monólogo “Quando Falta o Ar”, escrito, dirigido e protagonizado por Andréia Alecrim,…