Categories: Economia Política

Duas organizações criminosas do Partido Liberal (PL) estão sendo julgadas ao mesmo tempo no STF

(imagens agência brasil/divulgação /reprodução)

Pelo menos duas organizações criminosas distintas, mas originadas dentro do mesmo partido político, o Partido Liberal (PL), comandado por Valdemar da Costa Neto e que tem como liderança Jair Bolsonaro, estão sendo julgadas ao mesmo tempo no STF.

A primeira e mais famosa é a organização criminosa que tentou o golpe de Estado em 8 de janeiro e ainda continua tentando desestabilizar o país com ações nos EUA. Em novembro do ano passado, a Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu julho deste ano ao Supremo Tribunal Federal (STF) a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e de mais sete réus do núcleo 1 da trama golpista. A manifestação foi enviada ao ministro Alexandre de Moraes e fez parte das alegações finais, a última fase antes do julgamento dos acusados, que está marcado para o dia 02 de setembro.

No documento, que tem 517 páginas, o procurador-geral, Paulo Gonet, defende que Bolsonaro e os demais réus sejam condenados pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

Agora, uma outra organização criminosa, que não tem nada a ver com o golpe, mas com corrupção nas emendas parlamentes dentro do chamado ‘orçamento secreto’, também está sendo julgada no STF.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para quinta-feira (28) o interrogatório dos deputados do PL que se tornaram réus pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa, em caso ligado ao desvio de emendas parlamentares. Apesar de os deputados serem do mesmo partido de Bolsonaro, o PL, a organização criminosa não é a que promoveu a tentativa de golpe de Estado. A acusação é sobre corrupção nas emendas parlamentares.

O interrogatório será realizado às 9h, na sala de audiências da Primeira Turma do STF. Devem comparecer os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA), além do suplente Bosco Costa (PL-SE).

Em abril, a Primeira Turma aceitou denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra os três deputados por cobrarem propina para a liberação de emendas parlamentares.

Carta Campinas

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  • PL= Partido dos Lesas-pátrias e dos Ladrões! Cassem já essa Orcrim antes que acabe com o país!

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