O trabalho do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovado por 56% dos entrevistados pela pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (21), enquanto 40% demonstraram desaprovação. A parcela de indivíduos que não souberam ou não responderam foi de 4%
A mudança de 51% para 56% entre abril e junho, em relação à aprovação do trabalho realizado pelo governo Lula, se dá pela melhora na percepção positiva sobre a economia, segundo Felipe Nunes, diretor da Quaest e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
“Embora essa melhora tenha acontecido em todos os estratos sociais, chama atenção a melhora entre eleitores de Bolsonaro. Nesse segmento, a aprovação passou de 14% para 22%. O indicador de avaliação ajuda a entender a dinâmica desse aumento de aprovação. Embora a avaliação positiva tenha se mantido estável, a avaliação regular cresceu, passou de 29% para 32%. Ou seja, a melhora na aprovação veio de um público que considera o governo como regular”, publicou Nunes em seu perfil no Twitter.
“Em termos comparativos, Lula 3 é melhor avaliado que Bolsonaro, FHC2 e Dilma 2, mas pior que Dilma 1, Lula 2, Lula 1 e FHC1. São novos tempos para a relação dos governos com o eleitorado. Rejeição de 30% parecer ser o novo normal.”
A aprovação do presidente Lula varia de acordo com as regiões do país. No Nordeste, ele desfruta de um alto índice de aprovação, com 71% dos entrevistados manifestando apoio. Na região Sudeste, a taxa de aprovação é de 51%, enquanto no Sul é ligeiramente menor, com 48%. No Centro-Oeste e Norte do país, a aprovação se situa em 56%.
Na mesma linha, a desaprovação também mostra variações regionais. No Nordeste, 28% dos entrevistados expressaram desaprovação em relação ao presidente. No Sudeste, esse número sobe para 42%, enquanto no Sul é de 49%. No Centro-Oeste e Norte, o índice de desaprovação é de 42%.
Quanto à parcela de indivíduos que não souberam ou não responderam, são observados percentuais mais baixos. No Nordeste, apenas 2% dos entrevistados se enquadraram nessa categoria. No Sudeste, o número é de 7%, enquanto no Sul e no Centro-Oeste e Norte, esse índice é de 3% para ambas as regiões.
No total, foram entrevistadas presencialmente 2.029 pessoas maiores de 16 anos, entre 15 e 18 de abril, em 120 municípios. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95% (Do Brasil de Fato)