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‘Fórum Popular da Natureza é resistência diante do desastre ambiental’, diz diretora da ADunicamp

ADunicamp participa do 1⁰ Encontro Nacional do Fórum Popular da Natureza, em mobilização para luta socioambiental

A diretora de Imprensa da ADunicamp, professora Regina Célia da Silva (CEL) participou do 1⁰ Encontro Nacional do Fórum Popular da Natureza, realizado nos dias 02, 03 e 04 de dezembro, na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) em Guararema (SP), com programação voltada para as atividades do campo da articulação, comunicação e formação política. As atividades aconteceram presencialmente com transmissão pelo canal no YouTube (https://www.youtube.com/@ForumPopulardaNatureza).

Fórum Popular da Natureza (foto divulgação – Adunicamp)

O Fórum Popular da Natureza (FPN) é composto por movimentos sociais, comunidades indígenas, organizações da sociedade civil, entidades sindicais e de classe, acadêmicos, ecologistas, coletivos ambientais, organizações feministas, juventude, lgbts, partidos políticos e pessoas comprometidas com a luta pela preservação da natureza e interrupção da destruição planetária.

A ADunicamp tem um papel importante no apoio e na articulação de iniciativas desse tipo, que além de propiciar troca de saberes possibilitam trazer, para o âmbito da universidade, as demandas mais urgentes da sociedade.

A professora Regina Célia da Silva destaca a importância da construção de coletivos como esse, que permitem articular e sustentar cadeias de economia solidária e formas de resistência diante do desastre ambiental e humanitário que ocorre em âmbito mundial. “O Fórum Popular da Natureza nasce de uma articulação entre movimentos sociais, universidade, organizações sindicais e partidos políticos. Por ser transversal nas pautas, pelos atores sociais que ele agrega e na forma de organização em rede, tem o potencial de atuar em vários pontos do território brasileiro. As demandas não partem de um centro, mas de territorialidades atingidas, atacadas, violentadas constantemente pelo Capital”, afirma.

Estiveram presentes no evento figuras ilustres da luta ambiental, como o Cacique Payaya (Chapada Diamantina), Gilmar Mauro (Direção Nacional do MST), Alceu Castilho (jornalista do De Olho nos Ruralistas), Julieta Paredes (ativista boliviana do Feminismo Comunitário) e Tamikuã Txihi (artista visual do povo Pataxó da Aldeia Jaraguá).

Com o tema “Resistindo ao Ecocídio e à Barbárie no Pós-Pandemia. Fascismo no Chão, Floresta em Pé!”, o primeiro encontro presencial, após dois anos de atividades virtuais, contou com debates, mostra cultural, show musical, dinâmicas em grupos e reuniu militantes de movimentos sociais em defesa do meio ambiente. Foram cerca de 50 participantes, de 5 Estados do Brasil, que durante 3 dias participaram de mesas e debates sobre temas caros à nossa sociedade, como justiça climática, racismo ambiental, conjuntura brasileira nos pós golpe, feminismo e Marcha Mundial das Mulheres. Além de apresentações culturais, ocorreu o lançamento do livro “Roda de Prosa na Periferia”, do Cacique Juvenal Payaya.

Gilmar Mauro (foto divulgação – ADunicamp)

Gilmar Mauro, coordenador do Movimento Sem Terra (MST), também marcou presença no evento e abriu a mesa sobre Análise de Conjuntura, reforçando a representatividade do Fórum como uma ação concreta na direção de um governo verdadeiramente popular e democrático, apontando a compreensão da esquerda tradicional para a pauta ecológica.

Ao final do evento foi votada a formação de uma Coordenação Provisória com representantes dos vários segmentos que participam do Fórum. A ADunicamp, que juntamente com a Fundação Rosa Luxemburgo, apoiou financeiramente a realização do Fórum, faz parte da equipe de coordenação, que prevê um novo encontro em janeiro.

O Encontro Nacional foi realizado com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo em parceria da Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), Coordenaria Ecumênica de Serviço (CESE) e a ADunicamp (Associação dos Docentes da Unicamp). (Da ADunicamp)

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