Os países do leste europeu, que passaram pela experiência do Estado socialista após a Segunda Guerra Mundial, são os que têm maiores taxas da população com casa própria. A propriedade privada residencial é mais comum nas famílias desses países do que nos países historicamente capitalistas como França, Alemanha, Inglaterra e outros do oeste europeu.
Nos países da ex-Repúblicas Soviéticas, a casa própria tem índices que chegam a 96%. Na Rússia, país da revolução bolchevique, por exemplo, quase 90% da população tem casa própria (exatos 89%). No antigo grande bloco socialista, que se formou sobre o domínio da antiga União Soviética, vários países têm até hoje altos índices de famílias com casa própria. Romênia 96%, Eslováquia 91%, Lituânia 90%, Croácia 90%, Hungria 86%, Sérvia 84%, Bulgária 84%, Estônia 82%, Letônia 82%, Macedônia 88%, Polônia 84%, República Tcheca 79%.
Já na Suíça, exemplo do sucesso capitalista, apenas 43% da população consegue ter casa própria; na Áustria são 55% com casa própria. Na Suécia, 62%, na Alemanha, 52%, na Dinamarca são 61%, Inglaterra e na França, ambas com 65%. As maiores taxas com população com casa própria estão na Itália, Espanha e Portugal, com índices acima de 70%, índice abaixo dos países do leste.
Um dos motivos é que nos países socialistas foram construídas muitas moradias subsidiadas, grandes programas de habitação do próprio Estado, que com a queda do sistema passaram para a propriedade das famílias.
Do lado que sempre foi capitalista, um dos fatores para o baixo índice é a manutenção de leis de mercado para o setor de habitação. Muitas famílias dos países mais ricos não têm condições de comprar casa própria devido ao preço alto do imóvel. É o caso da suíça, onde o país é rico, mas a população não necessariamente. Além disso, em alguns a legislação pode até permitir a retirada do único imóvel em caso de não pagamento de hipoteca.
Os dados são acima são reconhecidos por importantes empresas especializadas em economia na Europa. Uma delas e a Trading Economics, do mapa abaixo. O site que fornece informações sobre 196 países, incluindo dados históricos e previsões para mais de 20 milhões de indicadores econômicos, taxas de câmbio, índices do mercado de ações, rendimentos de títulos do governo e preços de commodities. Em outros sites de economia os índices são os mesmos.
Segundo a empresa, os dados são baseados em fontes oficiais, não em provedores de dados terceirizados, e verificados regularmente quanto a inconsistências. Outro link com esses dados.