.Por Marcela Moreira.
Hoje, 14 de março, completam-se 4 anos do brutal e bárbaro assassinato
de Marielle Franco e Anderson Gomes. São 4 anos que lutamos por
respostas, justiça e memória. São quatro anos que eles continuam a ser
assassinados todos os dias por ainda queremos saber: quem mandou matar
Marielle e Anderson?
Mais uma vez, os gritos de justiça tomarão as ruas e as redes em todo o país.
Todos os dias os bolsonaristas continuam destilando ódio contra
Marielle com a divulgação de fake news sobre supostas relações que
jamais existiram dela com traficantes.
Por quê tanta violência política que tirou a vida de uma mulher negra,
de esquerda, cria de uma favela, bissexual, vereadora pelo PSOL e uma
das principais lideranças da esquerda carioca?
Graças a pressão popular, os ex-policiais militares Ronnie Lessa,
acusado de ser o autor dos disparos, e Élcio de Queiroz, acusado de
dirigir o carro usado no crime, foram presos em março de 2019 e se
tornaram réus pelo homicídio de Marielle, assassinados por uma
submetralhadora MP-5 com munição UZZ-18. Mas até hoje os
investigadores não sabem o destino da arma.
Por quê a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) levou mais de três
anos para encaminhar ao Ministério Público os arquivos que já estavam
nos autos? Por quê o troca-troca com quinto delegado, que assumiu há
pouco mais de um mês?
Por quê o troca-troca no comando das investigações, com três grupos de
promotores diferentes? Por quê o Ministério Público do Rio de Janeiro
ainda não analisou parte do material da investigação?
É inaceitável chegar a quatro anos sem respostas. Existe uma força
maior por trás desse assasinato que impede que o caso seja elucidado.
Aí a pergunta se torna: a quem interessa que o caso Marielle não seja
esclarecido?
Tristeza e revolta.
#QuemMandouMatarMarielle?
Marcela Moreira, professora, ex-vereadora e presidenta PSOL
Campinas