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Peça ‘Música para cortar os pulsos’ fala de amor a partir do ponto de vista de três jovens ao som de canções intensas, lancinantes

Em São Paulo – Ao som de músicas melancólicas, três jovens compartilham as suas aventuras e desventuras amorosas. Essa é a premissa de “Música para cortar os pulsos”. Adaptado para o cinema como “Música para morrer de amor”, o espetáculo, que completou 10 anos em 2021, ganha sessões gratuitas nos teatros Paulo Eiró, de 14 a 16 de janeiro, e Arthur Azevedo, de 21 a 23. O diretor e autor da peça Rafael Gomes, que também foi responsável pela adaptação para o cinema, assume novamente a direção, que conta com parte do elenco da primeira montagem.

(Foto: Divulgação)

Muita coisa mudou nos últimos dez anos, especialmente quando se trata da presença e da influência das redes sociais e dos smartphones na vida dos jovens. Entretanto, o texto da peça continua atual. “Eu acredito que, fundamentalmente, os jovens seguem buscando o mesmo afeto e a mesma conexão interpessoal que sempre buscaram”, afirma Gomes. “E com a mesma sede de experiências e descobertas não à toa tão caracteristicamente atreladas à juventude”. Embora o texto siga quase sem modificações, a encenação foi atualizada.

“Música para cortar os pulsos” fala de amor a partir do ponto de vista de três personagens, entre eles um jovem homossexual. “Toda e qualquer trama que aborda personagens LGBTQIA+ adquire, no contexto do Brasil atual, enorme relevância”, afirma o diretor, que diz ser evidente uma onda conservadora opressiva no país. “Manter essas histórias sendo contadas e fazer a ficção espelhar a pluralidade da vida como ela é faz-se mais do que urgente.”

Gomes acredita que o título da peça envelheceu mal. Ele foi inspirado em uma expressão popular, mas que pode ter ficado anacrônica. “Era a isso que o título se referia: esse tipo de canção intensa, derramada, lancinante, que conta o amor de forma aberta e desavergonhada”, conta Gomes, que destaca duas de suas músicas “de cortar os pulsos” favoritas na peça: “Maior Abandonado”, do Barão Vermelho, e “Como Dois e Dois”, de Caetano Veloso (imortalizada na voz de Roberto Carlos). Entretanto, para o futuro, é provável que o espetáculo comece a adotar o título do longa-metragem, que traz essa intensidade presente nas músicas.

| Teatro Paulo Eiró. Av. Adolfo Pinheiro, 765, Santo Amaro. Zona Sul. De 14 a 16/01. Sexta e sábado às 21h, domingo às 19h. Presencial / retirar ingressos 1h antes

| Teatro Arthur Azevedo. Av. Paes de Barros, 955, Mooca, Zona Leste. De 21 a 23/01. Sexta e sábado às 21h, domingo às 19h. Presencial / retirar ingressos 1h antes.

| 12 anos. 60min. Grátis.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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