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Theatro Municipal de São Paulo estreia ópera The Rake’s Progress, de Stravinsky, uma releitura do mito de Fausto, de Goethe

Em São Paulo – Ópera em três atos do compositor russo Igor Stravinsky (1882-1971), The Rake’s Progress marca o final da temporada lírica de 2021 do Theatro Municipal de São Paulo. A montagem estreia no dia 11 de novembro, com direção cênica de Maria Thais e Juliana Santos e direção musical de Roberto Minczuk. Ao todo, serão oito récitas, nos dias 11, 12, 13, 14, 18, 19, 20 e 21 de novembro. Além de marcar o tributo ao 50º aniversário de falecimento de Stravinsky, a estreia da ópera destaca o momento de reabertura do Municipal com 100% de sua capacidade para todas as apresentações até o final do ano. Os ingressos variam de R﹩10 a R﹩150 e podem ser adquiridos pelo site ou na bilheteria do Theatro.

Com libreto escrito por Wystan Hugh Auden e Chester Kallman, a obra de Stravinsky foi baseada nas oito pinturas de The Rake’s Progress (1733-1735) de William Hogarth, que o russo havia visto em uma visita ao Instituto de Artes de Chicago, em 1947. A obra narra uma história de amor e perda entre Tom Rakewell, que será interpretado por Fernando Portari/Anibal Mancini e Anne Trulove (interpretada por Lina Mendes/Marly Montoni). Na trama, Anne é abandonada por seu amor, que se mudou para Londres e teve sua vida banhada em prazeres e experiências na companhia de Nick Shadow, representando Satanás.

(Foto: Stig de Lavor)

Depois de algumas desventuras, todas iniciadas pelo tortuoso Shadow, Tom acaba em um hospício em Londres; Anne não tem como salvar a vida ou a sanidade de Rakewell, mas a lembrança da imagem dela o salva de ser levado para o inferno. Em paralelo com o quinteto final de Don Giovanni, de Mozart, os cinco protagonistas param em frente à cortina para um epílogo, que demonstra as lições morais ao público de forma explícita, e resume a relevância do que foi visto ao adaptar um provérbio popular: o Diabo acha ocupação para corações e mentes ociosos.

A Rake’s Progress (plate 3), 1735, William Hogarth (1697-1764) (Imagem: Londres, Tate http://www.tate.org.uk/art/work/T01790)

Para Maria Thais, diretora cênica do espetáculo, “a obra, tanto na sua narrativa quanto na música, é uma obra de encanto e magia; ela transita por tempos e lugares com muita liberdade e aí talvez esteja o encanto dela”, afirma. Parceira de direção, Juliana também compartilha a relevância do tema. “O que me chamou atenção foi ler essa obra e conectar com questões diretamente relacionadas ao nosso mundo contemporâneo, como a gente lida com o tempo, como a gente lida com as escolhas. Além de ter a sensação de que é uma obra que não me leva para a década de 50, mas me traz para a realidade que vivemos hoje e me leva para frente, a pensar que tipo de realidade estamos também escolhendo para o amanhã.”

Maria também ressalta que, por meio das escolhas do personagem, a narrativa também ensina a forma de enxergar o passado. “Não existe futuro se a gente não olha para o passado, e talvez o que tem ficado é que parece que a gente parou de olhar para o passado e só repetiu os erros novamente. A obra nesse sentido traz de alguma maneira que precisamos olhar para isso.”

Marcando a volta da capacidade total da casa, Juliana também compartilhou um pouco da sensação desse momento: “ter essa possibilidade de voltar com segurança é muito importante, o que o Theatro trouxe e as formas que a gente descobriu de fazer esse espetáculo de maneira segura para todos que estão no palco, durante o processo de ensaios, orquestra, coro, para se sentirem à vontade e se sentirem seguros de estar ali, além da importância também da arte estar de volta, da ópera estar de volta com esse espaço”, conclui.

Protocolos de Segurança

Os concertos presenciais no Theatro Municipal de São Paulo seguem todos os protocolos de segurança e prevenção em relação à propagação do Coronavírus (Covid-19) e as orientações do Plano São Paulo e da Prefeitura Municipal de São Paulo para retomada consciente das atividades. Ao público espectador presente na Sala de Espetáculos, é necessário seguir as recomendações de segurança estipulados no Manual do Espectador, disponível aqui .

Theatro Municipal – Sala de Espetáculos

THE RAKE’S PROGRESS
DE IGOR STRAVINSKY

11, quinta-feira 19h00

12, sexta-feira 19h00

13, sábado 17h00

14, domingo 17h00

18, quinta-feira 19h00

19, sexta-feira 19h00

20, sábado 17h00

21, domingo 17h00

LIBRETO ORIGINAL W. H. AUDEN e CHESTER KALLMAN

ORQUESTRA SINFÔNICA MUNICIPAL
CORAL PAULISTANO

Roberto Minczuk, direção musical
Maria Thais e Julianna Santos, direção cênica

Fernando Portari (11, 13, 18 e 20) e Anibal Mancini (12, 14, 19 e 21), Tom Rakewell
Lina Mendes (11, 13, 18 e 20) e Marly Montoni (12, 14, 19 e 21), Anne Trulove
Léo Neiva (11, 13, 18 e 20) e Michel de Souza (12, 14, 19 e 21), Nick Shadow
Luísa Francesconi (11, 13, 18 e 20) e Luciana Bueno (12, 14, 19 e 21), Baba the Turk
Juliana Taino, Mother Goose
Luiz-Ottavio Faria, Father Trulove
Giovanni Tristacci, Sellem
Rafael Thomas, Keeper of the Madhouse

Marcio Medina, cenário
Laura Françozo, figurino
Fábio Retti, iluminação
Livia Camargo Tiça, visagista
Aelson Lima, assistente de Direção

IGOR STRAVINSKY
The Rake’s Progress
Com arranjos de Boosey & Hawkes, Inc. (editora e detentora dos direitos)

Ingressos R﹩10 a R﹩150
Classificação: 16 anos
Duração total 150 minutos

Programa sujeito a alteração.

Bilheteria: além da venda de ingressos no site do Theatro Municipal de São Paulo, a bilheteria também está aberta ao público para a compra e retirada de ingressos.

Manual do Espectador e Informações sobre os protocolos sanitários do Complexo Theatro Municipal: consulte manual em nosso site.

Theatro Municipal de São Paulo: Praça Ramos de Azevedo, s/nº, Sé – próximo à estação de metrô Anhangabaú.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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