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‘Ficção’, da Cia. Hiato, e ‘Paulo Freire, o Andarilho da Utopia’ são destaque em programação teatral

Na segunda semana de retorno das Ações Cênicas presenciais no Teatro do Sesc Campinas, os destaques deste final de semana ficam por conta de dois importantes espetáculos: Ficção da Cia. Hiato, com apresentações nos dias 5/11 (sexta, às 20h) e 6/11 (sábado, às 17h), e no dia 7/11 (domingo, às 17h) tem Paulo Freire, o Andarilho da Utopia.

Para ambas as apresentações, os ingressos já podem ser adquiridos no portal sescsp.org.br/campinas. Reforçando o fato de que as visitas espontâneas continuam suspensas, pois para acesso às Unidades do Sesc SP, é necessário agendamento prévio para todos os serviços disponíveis no momento.

Desde o dia 15 de outubro, algumas unidades reabriram seus Teatros, com capacidade reduzida para até 30% do total de público, seguindo todos os protocolos de segurança frente à Covid-19. O uso de máscaras cobrindo nariz e boca segue sendo obrigatório em todas as unidades e o público deve apresentar comprovante de vacinação físico ou digital contendo, pelo menos, a 1ª dose da vacinação contra o coronavírus e um documento com foto.

Veja abaixo mais detalhes sobre os espetáculos:

“Ficção – Cia. Hiato”
Dia 5/11, sexta, às 20h e dia 6/11, sábado, às 17h
Ingressos a partir de R$ 20.

Ficção (Foto: Ligia Jardim)

Com direção e dramaturgia de Leonardo Moreira, a apresentação acontece em dose dupla, com os seguintes monólogos: Paula Picarelli (dia 5/11), Thiago Amaral (dias 5 e 6/11) e Aline Filócomo (dia 6/11).

A partir de relatos biográficos de cada um dos atores, criam-se instalações dramatúrgicas e cênicas acerca de questionamentos sobre a necessidade de ficção e nossa impossibilidade de abandoná-la, dissecando em cena um processo cênico e expondo os limites (ou intersecções) entre vida e criação artística. Centrados nas relações dos atores com seus familiares (com a presença de pais e irmãos reais), são apresentados depoimentos ficcionais em que as ideias de “intimidade” e “documento” são indissociáveis. Associadas a um pensamento dramatúrgico, em que cada ator é também autor de seu solo, essas intervenções independentes e complementares servirão de base para a criação posterior do novo espetáculo da Cia. Hiato.

“Ficção” é uma obra teatral dividida em partes: experimentos de ocupação (ou espetáculos curtos) ocupando o mesmo espaço cênico em períodos diferentes, criando diversos contextos ficcionais para um mesmo espaço. Os atores realizam uma performance/monólogo de curta duração a partir de seus relatos biográficos sobre “duplicidade”- não apenas um autorretrato, mas um “duplo retrato”. Os formatos de cada uma das intervenções variam desde um monólogo biográfico até uma situação cênica com a presença dos pais e irmãos dos atores em tempo real. Os experimentos são dirigidos por Leonardo Moreira e dramaturgizados por ele a partir da criação dos atores, com a colaboração de dramaturgos selecionados através de um grupo de pesquisa dramatúrgica. Verticalizam-se, aqui, as pesquisas apontadas no último espetáculo da Cia, “O Jardim”, sobre o teatro documental, “mocumentários” (documentários de mocape, isto é, ficções que assumem o formato documental) e dramaturgias confessionais.

Nesses “museus biográficos”, a duplicidade aparece como uma reconstituição cênica de uma relação familiar ou uma criação ficcional sobre um possível duplo do ator. Vale ressaltar que essa temática não implica num comodismo que valoriza a pessoalidade do artista e o coloca como eixo da dramaturgia. Ao contrário, ao expor seu nome, sua memória, e ao narrar o caminho que trouxe a companhia até esse encontro, o “duplo retrato” favorece o desnudamento do ator e a desestabilização (ou questionamento) da situação teatral.

O que se propõe, então, é uma sobreposição de dois polos opostos: a ficção proposta pela dramaturgia – em que a memória recorta e reconfigura uma história – e a presença dos atores – chamados pelo próprio nome, “simulando” um estado confessional, assumindo-se personagem, confundindo o espectador com histórias reais e histórias inventadas, misturando pessoas de seu convívio familiar com personagens. Embora essa confusão resulte num desaparecimento temporário da figura dramática, não podemos considerá-la como dispositivo que faz desaparecer completamente a ficção, mas antes como estratégia que transforma nossa percepção. O público, assim, é jogado num ambiente de incertezas, um espaço intermediário entre a ficcionalidade de personagens em busca de sua memória e a materialidade do jogo dos atores, resgatando a história do processo criativo e, logo, sua história pessoal.

“Paulo Freire, o Andarilho da Utopia”
Dia 7/11, domingo, às 17h
Ingressos a partir de R$ 20.

Paulo Freire – Andarilho da Utopia (Foto: Dalton Valério)

Com atuação de Richard Riguetti, encenação de Luiz Antônio Rocha e dramaturgia de Junio Santos, a peça derrama no palco a trajetória e os causos de um dos mais notáveis pensadores da história da educação mundial. O espetáculo propõe uma reflexão, mostrando a sociedade e o planeta em constante mudança através da ótica Freiriana, misturando elementos das linguagens do teatro, do palhaço e do teatro de rua.

Logo após a peça, haverá um bate-papo com o ator Richard Riguetti e o diretor Luiz Antonio Rocha sobre o legado e as ideias do educador Paulo Freire. Foi a partir do legado que Paulo Freire deixou na mente e corações dos brasileiros, que Richard Riguetti (ator), Luiz Antônio Rocha (encenação) e Junio Santos (dramaturgia) decidiram levar a emocionante e inspiradora vida do educador para os palcos no espetáculo “Paulo Freire, o andarilho da utopia” – o trio que está indicado ao prêmio Shell de teatro de 2019 na categoria inovação, já percorreu vários estados e cidades brasileiras.

Paulo Freire, o Andarilho da Utopia estreou no dia 28 de março de 2019 em Vitória do Espírito Santo, na antiga Assembleia legislativa do estado. Em sua estreia as portas do Palácio Sônia Cabral foram abertas gratuitamente para todos os movimentos sociais do Espírito Santo incluindo os moradores de uma ocupação de um antigo cinema pornográfico no centro de Vitória. Após a estreia capixaba, percorreu o sertão do Seridó com a missão de chegar até Angicos, cidade piloto do plano de alfabetização criado por Paulo Freire, onde fizerem no teatro da UFERSA para 700 alunos e professores. A peça que virou sucesso nacional e referência no meio acadêmico já foi vista por mais de 40.000 pessoas somando 90 apresentações. Já circulou por 37 cidades e 12 estados (ES, CE, RJ, RN, SP, PR, TO, AM, PI, DF, BA e PB).

A encenação de Luiz Antônio Rocha (‘Frida Kahlo, a Deusa Tehuana’; ‘Brimas’ e ‘Zilda Arns, a dona dos lírios’) propõe uma estrutura narrativa que leva a um lugar de ideias e reflexão. Ele explica: “O brasileiro gosta de histórias. Gosta de pessoas que inventam, que abrem caminho, que enfrentam desafios, que são corajosas. O brasileiro está imerso em crenças fortes, em uma diversidade e cultura preciosas. Nossa brasilidade carrega paixão e acolhe arte antes mesmo de saber que é arte. Assim trazemos a presença iluminada de Paulo Freire através de uma dramaturgia que abarca formas brincantes como o circo e o teatro [Data] 3 de rua. Essa brincadeira que propomos rompe barreiras de tempo e lugar. Nos leva à lua, um lugar de exílio e reflexão. Traz o encanto das palavras encharcadas de significados tão amorosas de Paulo Freire e de suas ideias. São ideias mais que nunca atuais, vivas e necessárias diante da realidade que neste momento nos envolve” destaca o diretor.

SOBRE OS PROTOCOLOS DE SEGURANÇA
Com a retomada gradativa das atividades artísticas com a presença de público, o Sesc Campinas está seguindo todos os protocolos de segurança que garantem o bem-estar do público, dos artistas, dos funcionários e dos prestadores de serviço.

SOBRE A RETOMADA EM TODO O SESC SP

A retomada gradual das atividades presenciais tem ocorrido em todo o Sesc SP desde o último dia 15/10. A princípio, as unidades Consolação, Pompeia, Pinheiros, Vila Mariana, Guarulhos, Santos, Rio Preto e Jundiaí reabriram os seus teatros com capacidade reduzida para até 30% do total de público, com ingressos marcados e distanciamento entre fileiras e cadeiras, seguindo os protocolos de segurança frente à Covid-19.

É desse modo que, de maneira gradativa, sempre com os devidos cuidados e seguindo os protocolos sanitários que garantem a segurança dos funcionários e do público em geral, o Sesc caminha, de pouco em pouco, com a retomada responsável das atividades no estado de São Paulo.

DIAS: 5/11 (sexta, às 20h) e 6/11 (sábado, às 17h)

Teatro :: FICÇÃO

A partir de relatos biográficos de cada um dos atores, a Cia Hiato cria instalações dramatúrgicas e cênicas acerca de questionamentos sobre a necessidade de ficção e nossa impossibilidade de abandoná-la, dissecando em cena um processo cênico. Esta apresentação contará com os seguintes monólogos: Paula Picarelli (dia 5/11), Thiago Amaral (dias 5 e 6/11) e Aline Filócomo (dia 6/11).
Dias: 5/11 (sexta, às 20h) e 6/11 (sábado, às 17h)
16 anos
Local: Teatro.
Valores: R$ 20,00 [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes (Credencial Plena), aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 40,00 [demais interessados].
Ingressos já à venda no portal sescsp.org.br/campinas e nas bilheterias das unidades.

DIA 7/11 | domingo

Música com Encenação:: PAULO FREIRE, O ANDARILHO DA UTOPIA

Com atuação de Richard Riguetti, encenação de Luiz Antônio Rocha e dramaturgia de Junio Santos, a peça derrama no palco a trajetória e os causos de um dos mais notáveis pensadores da história da educação mundial. O espetáculo propõe uma reflexão, mostrando a sociedade e o planeta em constante mudança através da ótica Freiriana, misturando elementos das linguagens do teatro, do palhaço e do teatro de rua. Logo após a peça, haverá um bate-papo com o ator Richard Riguetti e o diretor Luiz Antonio Rocha sobre o legado e as ideias do educador Paulo Freire.
Dia 7/11, domingo, às 17h.
12 anos.
Local: Teatro.
Valores: R$ 20,00 [trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes (Credencial Plena), aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor de escola pública com comprovante] e R$ 40,00 [demais interessados].
Ingressos já à venda no portal sescsp.org.br/campinas e nas bilheterias das unidades.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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