Um depoimento devastador à CPI da Covid nesta terça-feira (28) foi dado pela advogada Bruna Morato, representante de médicos e ex-médicos da Prevent Senior, que denunciaram a empresa por obrigar a receitar o “kit covid” defendido por Bolsonaro.
A advogada, logo no início, deixou explícita a ligação entre o Ministério da Economia do governo Bolsonaro, o chamado gabinete paralelo e o experimento em humanos feito pelo plano de Saúde Prevent Senior e que está sendo investigado pela CPI.
Bruna Morato contou que os médicos do chamado gabinete paralelo tinham a função de combater o lockdown (paralisação das atividades comerciais e industriais) para que a economia não fosse paralisada. Esse era o interesse do Ministério da Economia e do próprio Bolsonaro, que fez inúmeras declarações contra o lockdown. Nesse sentido, a advogada citou nominalmente os principais médicos do gabinete paralelo. A ideia é transmitir segurança para a população, para que elas se sentissem seguras para manter as atividades, ignorando os riscos.
A Prevent Senior entrou nessa relação dando uma espécie de suporte científico do ‘gabinete pararalelo’, amparado nas experiências de prevenção adotada pelo plano de saúde, com o chamado Kit Covid. É por isso que tanto Bolsonaro, quanto os filhos, divulgavam e exaltavam os experimentos humanos da Prevent Senior, conforme pode ser constato por postagens em redes sociais.
“O que eles falavam era de um alinhamento ideológico: a economia não podia parar, e o que eles tinham que fazer era isso: conceder esperança para que as pessoas saíssem às ruas. E essa esperança tinha nome: hidroxicloroquina”, disse Bruna Morato.
O objetivo principal era evitar que a economia fosse paralisada, prejudicando o governo. A Prevent Senior, que previa uma situação difícil por ter uma clientela principalmente de idosos, principais vítimas da pandemia, viu na solução mágica do Kit Covid uma alternativa para manter a rentabilidade diante da grave crise provocada pelo coronavírus.
Vale lembrar que experimentos em humanos foram feitos principalmente durante o nazismo. A advogada destacou que os médicos não tinham autonomia. O lema da empresa era “lealdade e obediência” e essa era a ideologia da Prevent Senior. “E onde existe uma ideologia de lealdade e obediência não existe autonomia”, disse. A advogada confirmou que os médicos eram orientados a prescrever o “kit covid”, que segundo relatos dos profissionais vinha em um pacote fechado, com até 8 medicamentos.
No depoimento, ela também disse que os médicos que denunciaram a Prevent Senior foram ameaçados pela empresa. Além disso, após a divulgação da denúncia o seu escritório foi invadido por criminosos que fizeram uma atuação esquisita durante a invasão. Invadiram durante três dias e não levaram muita coisa, reviraram e causaram dano material ao arrebentarem um cano de água.
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