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Parte dos postos de combustível de Campinas não fornece máscaras aos frentistas

.Por Flávio Luiz Sartori.

A pesquisa realizada para Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo de Campinas e Região, o SINPOSPETRO, somente no Município de Campinas, revelou detalhes muito importantes, ressaltando que a amostra desta pesquisa foi de 123 entrevistas que correspondeu a 9,2% do total da estimativa mais recente de que 1.327 pessoas trabalham como frentistas atualmente no Município de Campinas.

(foto roque de sá – sf – ccl)

O primeiro detalhe importante que a pesquisa revelou é que a maioria dos trabalhadores frentistas ainda são homens, que representaram 84,6% dos entrevistados, no entanto os numero de mulheres trabalhadores frentistas que representou 15,4% mostra que a mulher pode muito bem ter seu espaço neste mercado de trabalho. Outro detalhe importante é que 70,7% dos trabalhadores frentistas estão na faixa etária de 24 a 49 anos, porém destacando que 17,9% estão na faixa etária dos 50 aos 59 anos de idade, portanto já mais próximos da aposentadoria mesmo com as novas regras aprovadas.

Em relação a escolaridade predominante dos trabalhadores frentistas, 73,3% cursaram até o ensino médio, com 37,4% incompletos e 35,8% completos. Isso mostra que não existe muito espaço entre os trabalhadores frentistas para trabalhadores que cursaram até a quarta série ou até mesmo chegaram ao nono ano, que correspondem juntos a 13,8% do total de entrevistados, também existem trabalhadores que cursaram até o ensino superior, porem são muitos poucos apenas 3,2%, no total entre completos e incompletos. Importante ressaltar que a formação do trabalhador frentista caminha para a necessidade cada vez maior da qualificação profissional técnica, principalmente nos quesitos segurança e conhecimento da mecânica de veículos.

Também é importante destacar que a pesquisa fez comparação com dados levantados pelo Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana CESTEH, da Fundação Instituto Oswaldo Cruz, a FIOCRUZ, mostrando que na Petrobras tivemos 12,7% dos trabalhadores contaminados pelo Covid-19, também podemos citar situações relativas algumas empresas, principalmente entre as montadoras, na Volkswagen foram 18,3%, na Mercedes Benz foram 17% e na Scania 19%, comparando estes números com os números da pesquisa junto aos trabalhadores frentistas de Campinas onde tivemos 22,8% contaminados pela Covid-19 entre uma vez e duas vezes, temos um numero acima da média.

Outro detalhe Importante que a pesquisa revelou foi que significativa parte dos gestores das empresas que comercializam combustíveis no varejo, ou seja, os postos de combustíveis, não fornecem os equipamentos mais importantes de proteção para os seus funcionários.

Entre os que o usam da máscara 28,5% responderam que recebem das empresas, sendo que 42,3% não recebem mascaras e precisam comprar com dinheiro do próprio do próprio bolso e um detalhe importante, 26% não quiseram responder a pergunta relativa ao uso de mascaras. Em relação ao fornecimento de álcool gel, considerando que os postos de combustíveis são obrigados a colocar a disposição para os seus clientes, 63,4% dos trabalhadores frentistas tem acesso ao álcool gel enquanto que 7,3% não, no entanto 29,3% não quiseram responder a esta questão e finalmente em relação às luvas só 9,8% dos postos de combustíveis fornecem enquanto que 42,3% não fornecem, os trabalhadores frentistas são obrigados a comprar com dinheiro do próprio bolso e 46,3% em relação a esta questão não quiseram responder.

Esses números altos dos trabalhadores frentistas que não responderam as perguntas referentes ao uso de proteção mostram que os que não recebem os equipamentos de proteção devem ser mais altos e esses trabalhadores não responderam com medo de se comprometer.

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