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Intervenção ‘Criação branca, Reação preta’ expõe as marcas da herança racista, lembrando a resistência do povo preto

Como parte das atividades da exposição “Ocupação Escritas Ocultadas”, que pode ser vista até o dia 31 de dezembro nos espaços do Museu da Cidade e da Casa de Vidro em Campinas, a cada mês a artista Andrea Mendes realizará uma intervenção/performance, evidenciando as questões que envolvem a invisibilidade dos corpos negros na documentação e nos acervos que contam a história oficial de Campinas.

No dia 21/08, às 11h, será realizada a intervenção “Criação branca, Reação preta”, realizada por Andrea Mendes com a curadoria de Sônia Fardin.

(Imagem: Divulgação)

A intervenção é composta por uma re-criação de uma imagem do acervo e por uma performance. Ambas ações questionam as imagens celebrativas da cidade que documentam os papéis sociais dos corpos pretos, determinando seus lugares e não lugares.

Andrea Mendes dialoga criticamente com a aquarela de autoria de José de Castro Mendes, criada em 1950 com cenas da construção da Catedral de Campinas (construída entre 1807 e 1883). A artivista recria a composição produzida por Castro Mendes para destacar os corpos pretos escravizados, cujos saberes foram fundamentais na construção de um dos símbolos de poder da aristocracia da cidade.

Com o mesmo propósito, em ato performático, a artista se recria em frases e desenhos, produzindo interferências em seu próprio corpo com inscrições de tinta branca, aludindo às marcas da herança racista e do colonialismo, mas também às resistências cotidianas do povo preto.

Integra a intervenção a música A coisa está preta, de autoria de Doutor Sinistro.

Performance: Criação branca, Reação preta

Exposição OCUPAÇÃO, ESCRITAS OCULTADAS

Programação do mês de agosto

21/08 – 11h

Casa de Vidro – Museu da Cidade – Lago do Café

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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