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Série Ideias discute as memórias e presenças subterrâneas nas cidades e deslocamento forçado de povos indígenas

A série Ideias, promovida pelo Sesc São Paulo por intermédio de seu Centro de Pesquisa e Formação (CPF), traz a transmissão ao vivo de debates sobre as principais questões que tensionam a agenda sociocultural e educativa atual, com o objetivo de incentivar a reflexão no contexto desafiador em que nos encontramos. Sempre às 16h, as conferências acontecem pelo canal do YouTube do Sesc São Paulo, com participação do público e tradução simultânea para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Entre os dias 15 e 17 de julho, a série trata dos assuntos Viagens subterrâneas pelas memórias das cidades, na quinta (15/07), e no sábado (17/07), encerrando a semana de debates, Povos indígenas e deslocamento forçado em regiões de fronteira.

Cena do filme “Los Silencios” (2018), de Beatriz Seigner

Mais informações sobre as mesas e seus participantes na programação abaixo.

15 de julho, quinta-feira
Viagens subterrâneas pelas memórias das cidades

O que nos diz o chão (e suas águas)? Iniciamos com essa pergunta que convida à reflexão e ao diálogo sobre as memórias da cidade entranhadas no chão, nem sempre visíveis no espaço urbano. Falamos dos rios soterrados ou canalizados, que seguem correndo embaixo da terra e longe de nossos olhos; das memórias cravadas na pedra, narradas pelos ossos e recontadas pela arqueologia, e, daquelas presentes nas minas escavadas por muitos para riqueza de poucos. Memórias que resistem ao tempo e que são necessárias para se refletir e mirar o caminho aonde queremos chegar. Com os pés e o corpo nessas histórias, os convidados do encontro compartilham suas experiências sobre como o turismo atua e o que pode fazer para emergir essas memórias (e presenças) subterrâneas nas cidades.

Participantes:

Cláudio de Paula Honorato – doutorando em História pela UNIRIO, coordenador do curso de Pós-graduação lato sensu em História da África e da Diáspora Atlântica do Instituto Pretos Novos (IPN) e Faculdade de Tecnologia de Curitiba (FATECPR). Autor de “Valongo: O Mercado de Almas da Praça Carioca” (Editora Appris, 2019).

Eduardo Evangelista – engenheiro civil, mestre em geociências pela UFOP e empreendedor social. Idealizador da Mina Du Veloso, localizada em Ouro Preto (MG), que promove circuitos geoturísticos nos quais se destacam os saberes ancestrais das populações negras escravizadas sobre extração mineral e metalurgia, na história da mineração de ouro em Minas Gerais.

José Bueno – arquiteto social e urbanista pela USP. Mestre na arte Aikido. Fundador do Instituto Harmonia, Educação e Sustentabilidade, que, em parceria com o geógrafo Luiz de Campos Jr, criou “Rios e Ruas” (2010), que atua com ações socioambientais voltadas a elevar o patamar de consciência e sensibilidade da população em relação ao passado, o presente e o futuro dos rios urbanos.

Mediação:

Laura Almeida – coordenadora e professora do Departamento de Turismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Doutora em Arqueologia, Mestre em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal de Sergipe e Turismóloga. Membro do Laboratório de Arqueologia da Arquitetura e da Cidade (LABAAC).

Apresentação:

Vera Marisa De Souza Rodrigues – graduada em Jornalismo pela PUC-SP; em Ciências Sociais pela UNICAMP e mestra em Antropologia pela mesma universidade. Trabalhou na área de Comunicação no Ministério da Educação em São Paulo e no Sesi. É técnica de programação no Sesc Santana, com atuação nos programas socioeducativos Curumim, Espaço de Brincar e Turismo Social.

17 de julho, sábado
Povos indígenas e deslocamento forçado em regiões de fronteira

Em diversas partes do mundo os povos indígenas se deslocam de maneira forçada por conta de grandes empreendimentos econômicos, desastres ambientais, privações, tensões políticas e conflitos militares. São histórias de violência, perda de meios de subsistência, xenofobia, mas também de muita resistência e determinação. A partir deste fluxo de pessoas e transformações expressivas dos modos de vida, é fundamental falar sobre políticas públicas voltadas a situações de refúgio e de migração e da importância do acesso a direitos fundamentais como saúde, educação e mercado de trabalho, além de programas de reabilitação, reintegração, processos de justiça e reparação. A atividade acontece no contexto do Dia Mundial do Refugiado (20/6), e aborda a temática do filme “Los Silencios” (lançado em 2018 e dirigido por Beatriz Seigner), em cartaz na plataforma Sesc Digital.

Participantes:

Leonor Solano – socióloga e professora de Espanhol. Nasceu na Colômbia e veio para o Brasil em 2002, na condição de refugiada. Se dedica aos estudos e às práticas de saúde integrativa em Arteterapia e Mindfulness da Compaixão atualmente.

Gabriel Tardelli – mestre em Ciências Sociais pela PUC-RJ e doutorando em Antropologia Social pela UnB. Atua no campo da Antropologia Política, se interessa por questões relacionadas ao exercício do poder tutelar e administração de conflitos e desenvolve pesquisas a respeito do colonialismo e direitos dos povos ou comunidades tradicionais.

Mediação e apresentação:

Michael Anielewicz – cientista social e mestrando em Meios e Processos Audiovisuais pela USP. Integra a equipe de programação do Sesc Bom Retiro.

(Carta Campinas com informações de divulgação)

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