Você conhece a piada do brasileiro burro? Não? Vou contar. Mas essa piada não tem a menor graça.
Desde o início da pandemia de Covid-19, o governo de Jair Bolsonaro teve uma atuação assombrosa e anticientífica que levou à morte mais de 530 mil brasileiros. O governo torrou dinheiro público na produção e distribuição de remédios ineficazes contra a doença e agiu contra o consenso científico, inclusive atrasando a compra de vacinas, motivo de investigação na CPI da Covid.
Enquanto Bolsonaro aparecia com caixas de cloroquina e ivermectina, ameaçava entrar no STF contra o isolamento, defendia o falso tratamento precoce, atuava contra o uso de máscara e bradava contra a Venezuela no cercadinho, o pequeno país caribenho, Cuba, fazia o isolamento e procurava desenvolver uma vacina contra a Covid-19.
Qual o resultado colhido por Cuba e pelo Brasil?
Cuba tem cerca de 132 mortes por milhão de habitantes, enquanto o Brasil tem cerca de 2.500 mortes por milhão, segundo o WorldoMeter. Em resumo, sob o governo Bolsonaro é cerca de 20 vezes maior a chance de morrer de Covid do que em Cuba.
No Brasil, foram gastos milhões de recursos públicos com hidroxicloroquina e não se sabe o que fazer com esses medicamentos. Pessoas que tomaram ivermectina e cloroquina em excesso desenvolveram doenças. Enquanto isso, Cuba se tornou o primeiro país da América Latina a ter sua própria vacina contra a Covid-19, 100% produzida no país. A farmacêutica estatal BioCubaFarma anunciou na sexta-feira, 9, que a aplicação de duas doses da vacina contra a covid-19 Soberana 02, combinada com uma da Soberana Plus, alcançou uma eficácia de 91,2% para prevenir a doença sintomática causada pelo coronavírus.
Bom, isso não é piada do brasileiro burro, mas a tragédia do analfabetismo político com cobertura de fascismo.