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Alteridades, ancestralidades: ‘Encontros Ameríndios’ traz um recorte da produção artística de povos indígenas das Américas

Em São Paulo – Encontros Ameríndios, exposição que entra em cartaz no Sesc Vila Mariana a partir do dia 31 de julho, traz um recorte da produção artística de povos indígenas das Américas. Compõem a mostra obras de artistas dos povos Guna (Comarca Kuna Yala, Panamá), Haida (Arquipélago de Haida Gwaii, Colúmbia Britânica, Canadá), Huni Kuin (Terra Indígena do Alto Rio Jordão, Acre, Brasil), Shipibo-Konibo (Comunidade de Cantagallo, Lima, Peru, e Alto Ucayali, Amazônia Peruana) e Tahltan (Telegraph Creek e Vancouver, Colúmbia Britânica, Canadá). Com coordenação da Profa. Dra. Sylvia Cauiby Novaes (CEstA – Centro de Estudos Ameríndios da Universidade de São Paulo) e curadoria do Dr. Aristoteles Barcelos Neto (University of East Anglia, Reino Unido), a proposta é reunir trabalhos que dialogam entre si e permitem reflexões sobre ancestralidade e temas contemporâneos, centrando também nas culturas desses povos.

Obra coletiva do povo Huni Kuin

Na exposição, a narrativa proposta pelos curadores torna os mundos ameríndios reconhecíveis e comunicáveis não apenas entre si, mas para todo público. Os conteúdos abordados serão fortalecidos na programação integrada para ampliar o conhecimento sobre os povos – do local onde habitam, passando por filosofias de vida até questões contemporâneas.

A mostra apresenta uma seleção de obras, incluindo pinturas, desenhos, arte digital, bordados e entalhe em madeira, enfocando a criatividade individual dos artistas, as mudanças em suas obras ao longo do tempo, o universo temático abordado por elas, as preferências plásticas e estéticas e as questões filosóficas e cosmológicas que as artes desses povos ameríndios apresentam. As diferentes Américas se articulam por meio da escolha dos artistas, sendo o corpo criativo composto por cerca de 30 pessoas e de 45 trabalhos.

Do Norte, os canadenses Gwaai Edenshaw e seu irmão Jaalen Edenshaw, do povo Haida, se dedicaram entre 2009 e 2017 ao entalhe em madeira para replicar a Grande Caixa de Potlach Haida. Também do Canadá, o artista Alano Edzerza traz ilustrações de animais comuns à tradição do povo Tahltan.

Mulheres do povo Guna, do Panamá, exibem as molas, arte têxtil produzida a partir de camadas de tecidos que criam uma vasta gama de padrões, representando desde a vegetação nativa até a vida urbana, cada vez mais presente em seu cotidiano. Mais ao Sul, as peruanas Wilma Maynas Inuma e Olinda Silvano apresentam os bordados do povo Shipibo Konibo. Já a obra coletiva de artistas do povo Huni Kuin (coletivo MAHKU) representa o Brasil por meio de um painel que explora o universo xamanístico do Nixi Pae (conhecido popularmente como ayahuasca), trabalho que também foi elaborado exclusivamente para a mostra, mas na própria comunidade.

“A ideia de encontro de alteridades é fundante dos mundos sociocosmológicos ameríndios. Encontros interculturais e intercomunitários são amplamente valorizados pelos povos indígenas tanto da Amazônia quanto da Colúmbia Britânica que, com suas famosas Potlatch, se reúnem para celebrar sua ancestralidade e riqueza cultural e material. Os artistas reunidos nesta exposição são os protagonistas de novas possibilidades dialógicas entre as estéticas, técnicas artísticas e criatividades ameríndias”, afirma o curador Barcelos Neto.

Estão em Encontros Ameríndios obras de Alano Edzerza, artista multimídia do povo Tahltan; o trabalho escultórico dos irmãos Gwaai e Jaalen Edenshaw, artistas Haida; as sobreposições de tecidos de Ana Bella Fernandez, Angelmira Owens Perez, Benilda Mores, Briseida Iglesias, Buna Bipi, Conciencia Grace Rodriguez, Dilma Gardel, Edita Lopez, Emilsy Fernandez, Flor Fernandez, Gilda Tejada, Lea Amelta Tejada, Lonilda Gonzalez, Lucrecia Places, Rosalia Tejada e Victoria Gonzalez, artistas Guna; os padrões geométricos bordados de Olinda Silvano, Wilma Maynas, Silvia Ripoca, Ronin Koshi Arias Silvano e Dora Inuma Ramírez, artistas do povo Shipibo-Konibo; e pinturas de artistas Huni Kuin do coletivo MAHKU.

O público pode visitar a exposição de forma gratuita e presencial, mediante agendamento prévio online através da página de cada unidade no Portal do Sesc São Paulo ou em sescsp.org.br/ exposicoes . Para assegurar o distanciamento recomendado entre os visitantes, as vagas para as sessões são limitadas, sempre respeitando o limite de até cinco pessoas a cada 100 m2 e a ocupação limitada da capacidade total de cada local. O uso de máscara é obrigatório durante todo período de permanência na unidade.

Encontros Ameríndios

Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, 141, São Paulo – SP
Período expositivo: De 31 de julho de 2021 a 13 de fevereiro de 2022
Horário de funcionamento: Terça a domingo, incluindo feriados
Local: Térreo – Torre A
Consulte os horários de agendamento disponíveis em sescsp.org.br/exposicoes

Livre
Grátis

Sesc Vila Mariana | Informações

Central de Atendimento (Piso Superior – Torre A)
Estacionamento: R﹩ 5,50 a primeira hora + R﹩ 2,00 a hora adicional (Credencial Plena: trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no Sesc e dependentes). R﹩ 12 a primeira hora + R﹩ 3,00 a hora adicional (outros). 111 vagas.
Informações: 5080-3000
sescsp.org.br
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(Carta Campinas com informações de divulgação)

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